O pai da horda e o supereu: de um prenúncio da instância

Autores

  • Alan Souza Lima Universidade Federal do Pará; Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
  • Maurício Rodrigues Souza Universidade Federal do Pará; Faculdade de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420150131

Palavras-chave:

pai, superego, metapsicologia, cultura

Resumo

Este artigo desenvolve reflexões que visam evidenciar o lugar de destaque da obra Totem e Tabu no corpo teórico da psicanálise. Utiliza-se então a noção de supereu, que reconhecemos enquanto exemplo profícuo deste “poder heurístico” de Totem e Tabu para suscitar desenvolvimentos sobre a cultura, clínica e teoria psicanalítica. O supereu consiste numa noção importante da teoria psicanalítica mesmo antes de sua formulação enquanto instância psíquica; trata-se de um elemento conceitual em constante trabalho de elaboração. Por conseguinte, acentua o aspecto equívoco de tal conceito, pois consiste em uma noção atravessada por paradoxos. Por fim, utiliza a obra O Eu e o Isso enquanto outro polo desta empreitada, pois é nessa obra que o supereu é enfim nomeado e designado como instância psíquica. Ressalta-se aqui o aspecto paradoxal do supereu de poder ser referido ao lugar do pai no mito freudiano da horda primitiva.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O pai da horda e o supereu: de um prenúncio da instância. (2016). Psicologia USP, 27(3), 420-428. https://doi.org/10.1590/0103-656420150131