Nem tudo que reluz é Marx: críticas stalinistas a Vigotski no âmbito da ciência soviética

Autores

  • Gisele Toassa Universidade Federal de Goiás; Faculdade de Educação

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420140138

Palavras-chave:

Leontiev, teoria da atividade, psicologia histórico-cultural, stalinismo, ciência stalinista

Resumo

No Brasil, tem havido notável crescimento da chamada “teoria da atividade”, cuja fundamentação é associada especialmente ao pesquisador russo A. N. Leontiev (1903-1979). Isso se tem feito em conexão direta com a noção de que Vigotski, Luria e Leontiev compuseram uma troika, responsável pela elaboração da teoria histórico-cultural e da teoria da atividade. O objetivo deste artigo é iniciar a problematização da própria veracidade dessa narrativa a partir de uma análise do contexto no qual se dispôs o conteúdo das críticas stalinistas a Vigotski de 1931-1937, da construção do sistema de produção científica no regime soviético e dos contrastes políticos e culturais entre os anos de 1920 e 1930 - especialmente o estabelecimento do marxismo-leninismo e o pragmatismo como marcas do regime stalinista. O texto contribui para a análise das ideias e frentes de trabalho vigotskianas condenadas pelos críticos stalinistas e suas potenciais repercussões na psicologia soviética elaborada nos anos de 1930.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Nem tudo que reluz é Marx: críticas stalinistas a Vigotski no âmbito da ciência soviética. (2016). Psicologia USP, 27(3), 553-563. https://doi.org/10.1590/0103-656420140138