Histeria: primeiras formulações teóricas de Freud

Autores

  • Francisco Verardi Bocca Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000029

Palavras-chave:

Psicanálise, Freud, Sigmund, 1856-1939, Histeria, Sedução, Fantasia

Resumo

Na intenção de abordar o escorregadio tema da histeria, decidi enfrentá-lo recorrendo às teses e obras de Freud compreendendo o período entre 1886 e 1898. A histeria, desde sempre objeto heteróclito e de múltiplo pertencimento, reclamado pelo natural e pelo sobrenatural, pela razão e pela superstição, demandou uma interrogação se, algumas vezes encerrada tanto no corpo e outras no espírito, seria ou não uma doença. Interessa-me abordar a histeria a partir do tratamento dado por Freud. Quanto às chaves de leitura que orientaram essa pesquisa antecipo algumas para orientação do leitor: a própria apresentação histórica e cronológica do tema e das obras de Freud a respeito da histeria. Em termos conceituais, a articulação entre corpo e mente; a tese da ideogenia na etiologia da histeria; a introdução gradual da sexualidade infantil e finalmente a ultrapassagem da hipótese traumática, apoiada na teoria da sedução, em direção à admissão da fantasia. Tudo isso tendo em vista exercitar uma compreensão da teorização freudiana que reconheça a especificidade de sua produção a partir de uma via alternativa que não leve em consideração nem o fato de uma ruptura nem o de uma continuidade conceitual em sua elaboração.

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Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Histeria: primeiras formulações teóricas de Freud. (2011). Psicologia USP, 22(4), 879-906. https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000029