Le délaissé chez Freud et la politique comme rupture du possible
DOI :
https://doi.org/10.1590/0103-6564e200046tinMots-clés :
délaissé, politique, transformation, ruptureRésumé
Cet article présente le concept de délaissé à travers la métapsychologie freudienne et, ce faisant, lui imprime une nouvelle façon de penser la politique. Le délaissé n’est pas simplement conçu comme la vulnérabilité du nouveau-né, mais aussi comme une absence de réponse aux excitations internes. Tel état est radicalisé par le concept de pulsion de mort de Freud, qui produit des processus de glissement, de rupture, d’arrêt et de dépossession essentielles à la complexification de la vie. En ce sens, nous proposons le délaissé comme principale affection politique lorsqu’il est question de transformation. Par le glissement de soi-même et l’ouverture radicale au contact avec les autres, nous pouvons expérimenter d’autres façons de vivre et d’être affecté et, par conséquent, la construction de corps politiques vers à la transformation politique radicale.
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