USO DA CARTOGRAFIA NO SETOR PÚBLICO: GEOPROCESSAMENTO COMO TOMADA DE DECISÃO
DOI:
https://doi.org/10.11606/rdg.v0i0.533Palavras-chave:
Políticas públicas, Cartografia, Sistemas de Informações Geográficas, Fundação SeadeResumo
O desmonte da produção de informações espaciais ocorrido no Brasil a partir no início dos anos 1970, reflete uma política em que a dimensão espacial deixa de fazer sentido nos processos de tomada de decisão em políticas públicas. Com o advento das políticas neoliberais, o processo de ordenamento do espaço passa a ser de responsabilidade do mercado, que vai escolher, segundo a sua lógica, aonde investir. Contudo, mesmo o mercado vai se ressentir da falta de informações espaciais para suas decisões. Respondendo a esta situação, passa a contratar serviços cartográficos, segundo seus interesses. Com a retomada do protagonismo do Estado na gestão do espaço e das políticas públicas, ficou evidente o grande passivo cartográfico e a dependência de produtos somente disponíveis no mercado, que restringiu seu uso, além de possuir qualidade duvidosa. Como resultado, os entes públicos passam a organizar equipes que ficam responsáveis não apenas pela produção de análise espaciais, mas também pela produção cartográfica, causando sobreposição de trabalho e desperdício de recursos públicos. São realizadas tentativas para organizar essa situação, através da proposta de compartilhamento de produtos cartográficos entre os entes do Estado. Sob esse cenário exemplifica-se a produção cartográfica da Fundação Seade.
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