O processo de socialização dos enfermeiros em um Centro de Tratamento Intensivo

Autores

  • Marisa Antonini Ribeiro Bastos UFMG; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Básica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0080-62342001000300014

Palavras-chave:

Cultura organizacional, Unidades de Terapia Intensiva, Enfermagem

Resumo

O objetivo deste trabalho foi compreender o processo de socialização dos enfermeiros integrantes da subcultura de um Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Acreditando que o CTI é uma subcultura do hospital e que os enfermeiros intensivistas compartilham de símbolos e significados que foram desenvolvidos através das interações sociais no contexto da Terapia Intensiva, fui buscar no interacionismo simbólico e na descrição etnográfica a fundamentação teórico - metodológica para o presente estudo. Para compreender o processo de interiorização dos universos simbólicos no CTI busquei descrever os sistemas temáticos de significados subjacentes às atividades dos enfermeiros intensivistas, através da observação participante, da entrevista etnográfica e da análise documental. Os resultados mostraram que o processo de socialização é permeado de sentimentos de insegurança, ansiedade, angústia, de incompetência e de medo, As causas destes sentimentos têm um forte componente na não vivência anterior e na lacuna da formação profissional. Este processo se dá formal e informalmente, mas é sempre referido como árduo, penoso; muitas vezes solitário; algumas vezes compartilhado.

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Publicado

2001-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Bastos, M. A. R. (2001). O processo de socialização dos enfermeiros em um Centro de Tratamento Intensivo. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 35(3), 291-299. https://doi.org/10.1590/S0080-62342001000300014