Avaliação das posições e situações anatômicas do apêndice em pacientes pediátricos com apendicite aguda
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i1p1-7Palavras-chave:
Apendicite, Pediatria, Apêndice, Variação anatômicaResumo
OBJETIVO: Avaliar as diferentes posições e situações anatômicas do apêndice em pacientes pediátricos com apendicite aguda. MÉTODO: Estudo observacional do tipo corte transversal, realizado em Agosto de 2015 a Julho de 2016, na Emergência Pediátrica do Hospital da Restauração, na cidade do Recife. A amostra foi composta por 56 pacientes na faixa etária de 7 a 13 anos diagnosticados com apendicite aguda. Os dados clínico-epidemiológicos dos participantes foram obtidos antes do procedimento cirúrgico. Durante a cirurgia, foram coletadas as características anatômicas do apêndice (posição, situação, comprimento e fase da apendicite). RESULTADOS: As posições encontradas foram pélvica (37,5%), retrocecal (28,6%), pré-ileal (10,7%), pós-ileal (8,9%), subcecal (8,9%) e paracecal (5.4%). Quanto à situação, a mais vista foi descendente (46,4%), seguida por ascendente (28,6%), interna (19,6%) e externa (5,4%). As principais manifestações clínicas observadas foram dor em fossa ilíaca direita, vômitos e náuseas, independentemente da posição. Verificou-se que a fase inflamatória da apendicite foi a mais frequente em todas as posições, exceto na subcecal com 60% dos apêndices na fase perfurada. No entanto, não houve associação estatisticamente significante entre a posição subcecal e a fase da apendicite complicada (p=0,367). CONCLUSÃO: A posição pélvica e a situação descendente foram as mais frequentes na população de estudo. Não houve associação estatisticamente significante da posição do apêndice com a fase da apendicite e nem com o quadro clínico.