130 anos de evidências: risco de suicídio entre médicos e estudantes de medicina
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i6p528-535Palavras-chave:
Transtornos mentais, Estudantes de medicina, Suicídio, Qualidade de vidaResumo
Objetivo: Avaliar a incidência de risco para Transtornos Mentais (TM), Suicídio e Qualidade de Vida em estudantes de Medicina. Métodos: Estudo transversal, prospectivo realizado em Instituição Pública de Ensino Superior de Medicina do Sul do Brasil. Avaliação de 775 estudantes que responderam presencialmente ao Adult Self Repport (ASR) e WHOQOL-100, com devolução individual do resultado, orientação e encaminhamento obrigatório para aqueles com escores “Limítrofe” e “Clínico” e opcional para os com escore “Normal”. Resultados: A incidência de risco de TM foi de 54,3% e de risco de suicídio de 10,6%. Problemas Internalizantes foram observados em 34,7% e Problemas Externalizantes em 12,6%. Entre as síndromes mais frequentes, destacaram-se Ansiedade/Depressão; Isolamento e Problemas de Atenção. Qualidade de vida geral “Ruim” ou “Moderada” foi observada em cerca de 30%, associada a funcionamento adaptativo e presença de Problemas do DSM-Orientado ou ASR em nível “Clínico” (p<0,001). As principais variáveis para o risco de suicídio foram: Ansiedade/Depressão; Problemas Internalizantes, Problemas de Pensamento e Personalidade Antissocial (p <0,001). Escore “Clínico” para duas ou mais Síndromes ou Total de Problemas foi selecionado como variável independente para o risco de Suicídio enquanto os domínios Espiritualidade e Psicológico foram apontados como protetores (p<0,001). Conclusões: Observou-se elevada incidência de TM, associado a qualidade de vida ruim e aumento do risco de suicídio entre estudantes de Medicina.
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