Panorama da mortalidade por cardiopatia reumática crônica entre 2017 e 2021, no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i3e-222819Palavras-chave:
Doenças Reumáticas; Valva Mitral; Valva Aórtica; Saúde Pública.Resumo
Introdução: A cardiopatia reumática crônica é uma complicação da febre reumática (FR), doença que sucede quadro de faringoamigdalite, sendo causa de cardiopatia adquirida em jovens e pode evoluir com sequelas valvares e morte. O objetivo do estudo é avaliar a mortalidade por cardiopatia reumática nos gaúchos, com destaque para o acometimento valvar e analisar possível associação entre faixa etária e sexo. Material e Métodos: Esta pesquisa consiste em um estudo transversal com uso do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Incluiu-se os óbitos por doenças reumáticas cardíacas, divididas por sexo e idade, durante o período de 2017 a 2021, no Rio Grande do Sul. Para a análise estatística, empregou-se o teste Qui-Quadrado (χ²), sendo utilizado o software SPSS. Resultados: Encontrou-se 321 óbitos por doença valvar reumática entre 2017 e 2021, dos quais a maioria foram ocasionados por valvulopatia mitral. As mulheres apresentaram maior número de óbitos por valvulopatia mitral e os homens por outras cardiopatias. Referente à faixa etária, os óbitos por valvulopatia mitral foram mais prevalentes entre os 40 a 49 anos, já na valvulopatia tricúspide houve maior associação com indivíduos de 80 anos ou mais. Nas demais doenças, não se demonstrou associação. Conclusão: A partir disso, estabeleceu-se uma associação entre sexo e faixa etária na incidência de cardiopatias reumáticas entre a população estudada. Dessa forma, é necessário uma abordagem terapêutica mais abrangente associada à elaboração de campanhas que divulguem a importância do tratamento correto a fim de reduzir os índices de mortalidade.
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