Memes e a banalização da violência: reflexões sob a luz da Teoria Crítica Frankfurtiana

Autores

  • Gregory Alves Ferri Universidade Federal de Jataí. Unidade Acadêmica Especial de Ciências Humanas e Letras
  • Kesi Line de Morais Instituto Federal Goiano
  • Luís César de Souza Universidade Federal de Jataí. Unidade Acadêmica Especial de Ciências da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i7p80-97

Palavras-chave:

Memes, violencia, pseudoformação

Resumo

O estudo teve como objetivo compreender a forma de produção e reprodução da violência explícita e implícita na linguagem memética e refletir sobre os motivos que levam os indivíduos a receberem e replicarem os memes que apresentam conteúdo violento. A pesquisa foi realizada a partir de um levantamento bibliográfico e as buscas ocorreram nas plataformas do Google acadêmico, Scielo e BDTD. As análises foram realizadas a partir dos pressupostos da teoria crítica frankfurtiana e pôde-se averiguar que os memes são produtos da indústria cultural que, utilizando as mídias como veículos, se propagam a partir da repetição e da padronização. Notou-se também que eles se apresentam por meio de uma linguagem simples e infantilizada, isto é, a linguagem “lúdica” dos memes faz com que os indivíduos se identifiquem com o seu conteúdo e com sua forma de propagação. Com isso, a representatividade dos memes se revela não apenas em seu conteúdo/forma, mas também na própria subjetividade dos indivíduos.

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Publicado

2022-12-02

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

Memes e a banalização da violência: reflexões sob a luz da Teoria Crítica Frankfurtiana. (2022). Revista Estudos Culturais, 7, 80-97. https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i7p80-97