On infantile gesture in the first poetry of Hilda Hilst and Eglê Malheiros (or: the 1950’s, a propaedeutic)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.219077

Keywords:

Hilda Hilst, Eglê Malheiros, Marxism, Existencialism, 1950’s

Abstract

This paper analyses Hilda Hilst's first three poems of poems – Omen, Alzira's ballad and Festival ballad – and the first one of Eglê Malheiros – Mourning – asking what they keep up from child gesture as a literary power. To this aim, it situates them in the 1950s, when they were published, paying attention to the intellectual movement in which they insert themselves, as well as of the first critical reception of Hilst's work, the one of Lygia Fagundes Telles. From these considerations, the understanding of existentialism and Marxism, respectively in Hilst and Malheiros’ work are put in question to observe as, from the conflict with these theoretical postulates, the children's gesture appears as a strong enough aesthetic power to be able to frame the epoche. The paper concludes pointing out the permanence of in-fance in the writers' work at the second half of the twentieth century.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Natan Schmitz Kremer, Universidade Federal de Santa Catarina

    outorando em Ciências Humanas (Condição Humana na Modernidade) e graduando em Letras Português na Universidade Federal de Santa Catarina, é Mestre em Sociologia (2022) e Bacharel (2020) e Licenciado (2019) em Ciências Sociais pela mesma instituição. Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (CNPq/UFSC) e bolsista de doutorado da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina (FUMDES/UNIEDU). Realizou estágio sanduíche na Universidad Nacional de San Martín, Argentina (12/22-07/23), com bolsa SWE/CNPQ, assim como frequentou, em 2016.2, a Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación da Universidad de la Repúbica, Uruguai (bolsa mobilididad/AUGM) e estudou na Escuela Juana de Arco, no México (2011.2 e 2012.1). Interessa-se pelas temáticas que envolvem sociologia e literatura, modernismo e modernidade/literatura e sociedade, Walter Benjamin, estética, vanguarda e modernidades periféricas, estudando os anos 1950. Contato: natan.kremer@gmail.com

  • Alexandre Fernandez Vaz, Universidade Federal de Santa Catarina

    Alexandre Fernandez Vaz é Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC, 1995), onde estudou com Selvino Assmann e Marli Auras, e Doutor em Ciências Humanas e Sociais (Dr. Phil.) pela Gottfried Wilhelm Leibniz Universität Hannover, Alemanha, onde estudou com Detlev Claussen, Andreas Trebels, Oskar Negt e Regina Becker-Schmidt. Na UFSC desde 1998, onde hoje é Professor Titular, foi Coordenador Geral de Pesquisa do Centro de Ciências da Educação e membro da Câmara de Pesquisa da instituição. É professor dos programas de Pós-graduação em Educação (do qual foi subcoordenador por um breve período em 2020 e onde hoje atua como colaborador) e Interdisciplinar em Ciências Humanas (Doutorado), e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea. Foi representante da UFSC no Núcleo Disciplinar de Educação para a Integração da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM) (2019-2023). É bolsista de produtividade em pesquisa CNPq desde 2005, nível 1 a partir de 2014 (atualmente 1C). Foi Pesquisador Visitante (Gastwissenschaftler) na Gottfried Wilhelm Leibniz Universität Hannover, no Instituto de Sociologia (Área de Trabalho: Teoria Sociológica) e desenvolveu pesquisa pós-doutoral nos Arquivos da Academia das Artes de Berlim. Desde 2006 vem atuando como Professor Visitante na Universidad Nacional de La Plata, Argentina, na Universidad de Antioquia, na Colômbia, no Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politecnico Nacional, México, e na Universidad de La República e na ACJ, Uruguai. Tem colaborado com instituições de pesquisa como SCIELO, DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), Fundação Humboldt (Alemanha), CSIC (Comisión Sectorial de Investigación Científica Uruguay) e Secretaria de Ciencia y Tecnica (UNLP Argentina), além de CNPq, CAPES, FAPESP e outras fundações estaduais de pesquisa.Foi editor da Revista de Políticas Educativas (Poled), da AUGM (2019-2023), dos Cadernos de Formação RBCE e da Contemporânea: uma quase revista, publicação destinada ao debate crítico sobre cultura e sociedade. Foi editor-chefe da Revista Brasileira de Ciências do Esporte, durante dez anos, e editor-adjunto da Extensio: revista de extensão da UFSC, durante um ano e meio. É revisor de duas dezenas de periódicos, no Brasil e no exterior, assim como componente de comitês e comissões editoriais de diversas revistas, no Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha. Compôs a comissão de avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação interdisciplinares (Câmara 2, Humanidades), na CAPES (2017). Atua eventualmente como tradutor do Alemão, do Espanhol e do Inglês ao Português. Suas principais publicações se referem à Teoria Social Contemporânea, Estética, Sociologia da Cultura e da Política e Processos de Escolarização, com ênfase nas experiências corporais.

References

AGAMBEN, G. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Tradução: Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

AGAMBEN, G. Kommerell, ou do gesto. In: AGAMBEN, G. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Tradução: António Guerreiro. Belo Horizonte: Autêntica, 2017, p. 201-221.

ANTELO, R. As revistas literárias brasileiras. Boletim de pesquisa NELIC, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 3-11, jan./mar. 1997. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/1041. Acesso em: 20 nov. 2023.

ARENDT, H. A crise na educação. In: ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. Tradução: José Volkmann. São Paulo: Perspectiva, 1979, p. 221-247.

ARTAUD, A. Escritos de Antonin Artaud. Tradução: Cláudio Willer. Porto Alegre: L&PM, 2019.

ATHAYDE, T. Marcel Proust. In: COELHO, S. Proustiana brasileira. Rio de Janeiro: Revista Branca, 1950, p. 19-41.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Tradução: Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BENJAMIN, W.; LACIS, A. Programa de um teatro infantil proletário. In: BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. Tradução: Marcus Vinicius Mazzari. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2002, p. 111-119.

BENJAMIN, W. Sobre alguns motivos na obra de Baudelaire. In: BENJAMIN, W. Baudelaire e a modernidade. Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2017, p. 103-150.

BENJAMIN, W. O contador de histórias: reflexões sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Linguagem, tradução, literatura (filosofia, teoria e crítica). Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2018a, p. 139-166.

BENJAMIN, W. Doutrina das semelhanças. In: BENJAMIN, W. Linguagem, tradução, literatura (filosofia, teoria e crítica). Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2018b.

BENJAMIN, W. Sobre o conceito da História. In: BENJAMIN, W. O anjo da história. Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2019, p. 9-20.

BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.

CASTRO, E. Introducción a Foucault – guía para orientarse y entender una obra en movimiento. Buenos Aires: Siglo XXI, 2023.

CAUDAS, J. O presságio de Lygia Fagundes Telles na Revista Branca – uma breve sonata em homenagem à amiga Hilda Hilst. Web Revista Linguagem, Educação e Memória, Dourados, v. 15, n. 15, 20-26, ago./dez 2018. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/WRLEM/article/view/3292. Acesso em: 20 nov. 2023.

CONY, C. H. Informação ao crucificado. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1996.

FOUCAULT, M. História da loucura na Idade Clássica. Tradução: José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2019.

HILST, H Cartas de um sedutor. São Paulo: Globo, 2002.

HILST, H. Baladas. São Paulo: Globo, 2003.

HILST, H. Exercícios. São Paulo: Mediafashion, 2012..

LISPECTOR, C. Menino a bico de pena. In: LISPECTOR, C. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 19-24.

MALHEIROS, E. Vozes veladas. Porto Alegre: Movimento, 1995.

MALHEIROS, E. Manhã e outros poemas. Brasília: Edição da autora, 2018.

MIGUEL, S. Minhas memórias de escritores. Palhoça: Unisul, 2008.

MORAES, E. R. Da medida estilhaçada. Caderno de Literatura Brasileira, n. 8, p. 114-126, 1999.

MORAES, E. R. A obscena senhora Deus. In: HILST, H. A obscena senhora D. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, p. 65-78.

PÉCORA, A. Nota do organizador. In: HILST, H. Baladas. São Paulo: Globo, 2003.

PÉCORA, A. Nota do organizador. In: HILST, H. Exercícios. São Paulo: Mediafashion, 2012.

ROSA, M.; DALLABRIDA, N. Uma mulher de vanguarda: trajetória social de Eglê Malheiros. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 22, n. 2, p. 429-447, mai./ago. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/CzSsvkWRrnj3Dk4gNdspKFG/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 20 nov. 2023.

SARTRE, J. P. A náusea. Tradução: Rita Braga. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. Tradução: João Batista Kreuch. Petrópolis: Vozes de bolso, 2014.

SARTRE, J. P. El ser y la nada. Tradução: Miguel Virasoro. Buenos Aires: Losada, 2021.

TELLES, L. F. Poesia acima de tudo. Letras e Artes, Rio de Janeiro, v. 5, n. 171, p. 4, 1950.

TELLES, L. F. Balada de Alzira. Letras e Artes, Rio de Janeiro, v. 7, n. 244, p. 9, 1952.

TELLES, L. F. ‘Balada do festival’ (Hilda Hilst). Jornal de Letras, Rio de Janeiro, v. 7, n. 75, p. 11, 1955.

TELLES, L. F. Felicidade. In: COELHO, S. Contistas brasileiros/Conteurs brésiliens. Rio de Janeiro: Branca, 1958.

TELLES, L. F. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

WILLER, C. Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2010.

Published

2023-12-20

Issue

Section

Artigos

How to Cite

On infantile gesture in the first poetry of Hilda Hilst and Eglê Malheiros (or: the 1950’s, a propaedeutic). (2023). Intelligere, 16, 100-129. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.219077