Carlos Reichenbach: O lugar da convivência possível

Autores

  • Geraldo Blay Roizman Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-4077.v1i2p68-76

Palavras-chave:

Carlos Reichenbach, Análise crítica, Falsa Loura

Resumo

O ponto mais polêmico na obra de Carlos Reichenbach talvez seja a atuação dos atores, a composição de tipos e a busca pela boa e fácil leitura de cada um dos personagens ou dos estereótipos associados ao universo específico do cineasta, a periferia da Grande São Paulo. Este problema contém no seu âmago, ao analisarmos especificamente o seu derradeiro filme Falsa Loura, a própria estrutura estético/ideológica de seus filmes. A preocupação do cineasta parece ser com a diluição sutil da solidez dos laços sociais que resistem nos centros urbanos, e que estão centrados na manutenção de vínculos de solidariedade grupal. A explicitação clara dos personagens, combinada ao estilo de interpretação – por vezes de um frágil tom novelístico –, reforçaria a ideia de um cinema crítico, de super-identificações, uma vez que traz consigo a ideia da construção de um lugar utópico, de pactos entre diferenças e de suas convivências possíveis.

Biografia do Autor

  • Geraldo Blay Roizman, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

    Formado em arquitetura pela PUC de Campinas (1987) e realizou mestrado em artes/cinema pela UNESP (2003). É artista plástico, videasta e cineasta, além de professor de processos criativos em arte e design.

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Publicado

2012-11-03