Carlos Reichenbach: O lugar da convivência possível
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-4077.v1i2p68-76Keywords:
Carlos Reichenbach, Análise crítica, Falsa LouraAbstract
O ponto mais polêmico na obra de Carlos Reichenbach talvez seja a atuação dos atores, a composição de tipos e a busca pela boa e fácil leitura de cada um dos personagens ou dos estereótipos associados ao universo específico do cineasta, a periferia da Grande São Paulo. Este problema contém no seu âmago, ao analisarmos especificamente o seu derradeiro filme Falsa Loura, a própria estrutura estético/ideológica de seus filmes. A preocupação do cineasta parece ser com a diluição sutil da solidez dos laços sociais que resistem nos centros urbanos, e que estão centrados na manutenção de vínculos de solidariedade grupal. A explicitação clara dos personagens, combinada ao estilo de interpretação – por vezes de um frágil tom novelístico –, reforçaria a ideia de um cinema crítico, de super-identificações, uma vez que traz consigo a ideia da construção de um lugar utópico, de pactos entre diferenças e de suas convivências possíveis.
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Copyright (c) 2012 Geraldo Blay Roizman
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