Dos movimentos modernizantes ao espírito novo: arquitetura brasileira após a Semana de Arte Moderna
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i94p93-106Palavras-chave:
arquitetura brasileira, moderno, movimentos modernizantes, espírito novo, Mário de Andrade, Le Corbusier.Resumo
O presente texto se propõe a discutir a tomada de consciência do moderno na arquitetura brasileira perpassando assim por episódios como a exposição de arquitetura da Semana de Arte Moderna de 1922, a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência, as vindas do arquiteto franco-suíço Le Corbusier em 1929 e 1936 ao Brasil e os momentos que intercalam essas datas e constroem um complexo cenário. Procura-se demonstrar pela fala de um dos protagonistas da Semana, Mário de Andrade, como a noção de moderno se transmuta ao longo do tempo, até a sua conformação final no seu texto “O Movimento Modernista”. Demonstra-se como ocorre a criação da “consciência coletiva”no âmbito da arquitetura, iniciada em 1922, que tem como marco o ano de 1936, data do projeto para o edifício-sede do Ministério de Educação e Saúde Pública, denotando o momento de construção da “nova arquitetura” no Brasil.
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