O exílio no Brasil ou "A Europa no meio do mato": desencontros entre Stefan Zweig e Ulrich Becher
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i53p127-148Palavras-chave:
Exílio de fala-alemã, Era Vargas, Ulrich Becher, Stefan Zweig, samba e macumbaResumo
Ao contrário de Stefan Zweig, o escritor austríaco Ulrich Becher - nascido em 1910 e refugiado do nazismo no Brasil nos anos 40 -, iluminou sua experiência de exilado em sua produção literária. Nas peças de teatro Samba (1951) e Makumba (1958), por exemplo, selecionou, como meios de encenação, elementos da cultura afro-brasileira, como o samba, o carnaval e a macumba. Com eles, não só ilustrou a sua experiência de exílio no Brasil, como igualmente deu forma às consequências do ideário nacional-socialista no país. Encontrou também um caminho para manifestar a sua resistência ao fascismo. Tendo-se em conta que, durante o regime Vargas, a cultura afro-brasileira passava por uma reavaliação no esforço de se alcançar uma moldura para a identidade brasileira, a análise das mencionadas peças de Becher oferece um aspecto novo e interessante para as pesquisas em torno do Brasil na Era Vargas.Downloads
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Publicado
2011-09-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Eckl, M. (2011). O exílio no Brasil ou "A Europa no meio do mato": desencontros entre Stefan Zweig e Ulrich Becher . Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 53, 127-148. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i53p127-148