Possível transmissão oral de doença de Chagas aguda, no Brasil

Autores/as

  • M.A. Shikanai-Yasuda Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • C. Brisola Marcondes Universidade Federal de Santa Catarina; CCB
  • L. A. Guedes Universidade Federal da Paraíba; Núcleo de Medicina Tropical
  • G.S. Siqueira Universidade Federal da Paraíba; Faculdade de Medicina de Campina Grande
  • A.A. Barone Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • J.C.P. Dias Ministério da Saúde; SUCAM; Divisão de Doença de Chagas
  • V. Amato Neto Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • J.E. Tolezano Instituto Adolfo Lutz
  • B.A. Peres Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • E.R. Arruda Jr. Universidade Federal da Paraíba; Núcleo de Medicina Tropical
  • M.H. Lopes Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • M. Shiroma Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • E. Chapadeiro Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro

Resumen

Em outubro de 1986, 7 a 22 dias após uma reunião em uma fazenda no estado da Paraíba, 26 pessoas apresentaram doença febril, associada a edema bipalpebral bilateral, e de membros inferiores, hepatoesplenomegalia leve, linfadenopatia e, mais raramente, a um exantema. Um menino de 11 anos apresentou arritmia atrial ao eletroeardiograma e um paciente de 74 anos desenvolveu insuficiência cardíaca aguda. Em 2 pacientes hospitalizados em São Paulo, foi estabelecido o diagnóstico de Doença de Chagas aguda por observação de T. cruzi em creme leucocitário. Em autópsia de um caso fatal foi demonstrada cardiomiopatia chagásica aguda. O xenodiagnóstico foi positivo em 9 de 14 pacientes testados. Anticorpos específicos de classe IgG foram encontrados em todos os pacientes e da classe IgM em 20 de 22 doentes examinados. Estudo epidemiológico revelou Triatoma brasiliensis nas vizinhanças desta fazenda, porem tal vetor não foi encontrado na casa onde a maioria dos hóspedes pernoitou. Observou-se alta taxa de gambás infectados por Trypanosoma cruzi. Essas observações, associadas as informações relativas aos alimentos consumidos, sugerem que a contaminação de alimentos tenha se originado de secreções de marsupiais naturalmente infectados ou de triatomíneos infectados, que poderiam ter sido esmagados durante o preparo do caldo de cana.

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Publicado

1991-10-01

Número

Sección

Original Article

Cómo citar

Shikanai-Yasuda, M., Brisola Marcondes, C., Guedes, L. A., Siqueira, G., Barone, A., Dias, J., Amato Neto, V., Tolezano, J., Peres, B., Arruda Jr., E., Lopes, M., Shiroma, M., & Chapadeiro, E. (1991). Possível transmissão oral de doença de Chagas aguda, no Brasil . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 33(5), 351-357. https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/28853