Aspectos clínicos e epidemiológicos da angiostrongilíase abdominal no sul do Brasil

Autores

  • Carlos Graeff-Teixeira Instituto Oswaldo Cruz
  • Lea Camillo-Coura Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina
  • Henrique Leonel Lenzi Instituto Oswaldo Cruz; Departamento de Patologia

Palavras-chave:

Abdominal angiostrongyliasis, Angiostrongylus costaricensis, Zoonosis, Nematode infections, Eosinophilic gastroenteritis

Resumo

A maioria dos 16 casos de angiostrongilíase abdominal publicados no Brasil até 1989, eram originários dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (RS). Um estudo clínico e epidemiológico em 27 casos no RS revelou aspectos distintos do que é conhecido sobre a ocorrência da doença na Costa Rica: tanto adultos quanto crianças são acometidos, provenientes de áreas serranas do norte do Estado e há uma aparente sazonalidade, não relacionada às chuvas e sim aos meses mais quentes do ano. Alem de confirmar o quadro clínico-laboratorial descrito na literatura (dor abdominal, febre e eosinofilia), o estudo salienta a ocorrência de episódios recorrentes de dor abdominal com remissão espontânea e de outras formas pouco sintomáticas, possivelmente as formas mais comuns de manifestações da doença. Foi observada uma letalidade de 7,4%. Com o alerta aos médicos, especialmente da área endêmica, e o uso de teste sorológico, espera-se um aumento do número de diagnósticos de angiostrongilíase abdominal e conseqüente aprimoramento do conhecimento sobre esta zoonose no Brasil.

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Publicado

1991-10-01

Edição

Seção

Epidemiologia

Como Citar

Graeff-Teixeira, C., Camillo-Coura, L., & Leonel Lenzi, H. (1991). Aspectos clínicos e epidemiológicos da angiostrongilíase abdominal no sul do Brasil . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 33(5), 373-378. https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/28856