A carga viral do vírus da hepatite C não prediz a evolução: indo além dos números

Autores/as

  • Evaldo Stanislau Affonso de ARAÚJO FMUSP; Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias
  • Norma de Paula CAVALHEIRO FMUSP; Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias
  • Regina Maria Cubero LEITÃO FMUSP; HCFMUSP; Departamento de Patologia
  • Rose Aparecida Borges TOSTA FMUSP; Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias
  • Antonio Alci BARONE FMUSP; Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias

Palabras clave:

Hepatitis C, Viral Load, Interferon

Resumen

Através da análise de 58 pacientes tratados com Interferon Alfa em função de hepatite C crônica e sem cirrose, demonstramos que a carga viral do Vírus da Hepatite C (VHC) não se correlacionou com a evolução histológica da doença (p = 0,6559 para alterações arquiteturais e p = 0,6271 para o Índice de Atividade Histológica-IAH). Assim a utilização da quantificação do RNA viral como preditor evolutivo ou determinante da gravidade da hepatite C é incorreto e de valor relativo. Revisando o tema encontramos variáveis do VHC (genótipo, heterogeneidade e mutantes, proteínas específicas), do hospedeiro (sexo, idade, peso, etc) e dos medicamentos (posologia, tempo de tratamento, tipo de Interferon) fundamentais e interdependentes, inseridas no contexto mais amplo da cinética viral, da resposta imunológica mediada pelo Interferon (além da imunidade natural em resposta ao VHC) e do papel do Interferon como modulador da fibrogênese. Assim, há muito mais que números por trás da Carga Viral e sua correta interpretação deve ser feita considerando-se um horizonte mais amplo dependente de múltiplos fatores mais complexos que o simples valor obtido na quantificação

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Publicado

2002-04-01

Número

Sección

Hepatitis

Cómo citar

ARAÚJO, E. S. A. de, CAVALHEIRO, N. de P., LEITÃO, R. M. C., TOSTA, R. A. B., & BARONE, A. A. (2002). A carga viral do vírus da hepatite C não prediz a evolução: indo além dos números . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 44(2), 71-78. https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/30605