Retirada da terapia de manutenção para retinite por citomegalovírus em pacientes com aids exibindo resposta imunológica à terapia anti-retroviral altamente efetiva (HAART)

Autores

  • Luis Fernando Waib State University of Campinas; Faculty of Medical Sciences; Department of Internal Medicine
  • Sandra Helena Alves Bonon State University of Campinas; Faculty of Medical Sciences; Department of Internal Medicine
  • Angela Christina Salles Institute of Infectology Emilio Ribas
  • Gil Benard University of São Paulo; Faculty of Medicine; Laboratory of Dermatology and Immunodeficiencies
  • Augusto César Penalva de Oliveira State University of Campinas; Faculty of Medical Sciences; Department of Internal Medicine
  • Claudio Sergio Pannuti University of São Paulo; Department of Infectious Diseases; Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Laboratory of Virology
  • Rogério de Jesus Pedro State University of Campinas; Faculty of Medical Sciences; Department of Internal Medicine
  • Sandra Cecília Botelho Costa State University of Campinas; Faculty of Medical Sciences; Department of Internal Medicine

Palavras-chave:

Cytomegalovirus, HAART, AIDS, CMV retinitis

Resumo

Antes da introdução da terapia anti-retroviral altamente efetiva (HAART), a retinite por CMV era uma complicação comum em pacientes com doença por HIV avançada e a terapia era bem estabelecida e consistia em uma fase de indução com ganciclovir para controlar a infecção, seguida por uma manutenção por toda a vida, para evitar e retardar as recidivas. Para determinar a segurança da retirada da terapia de manutenção para retinite por citomegalovírus em pacientes com recuperação imunológica após o HAART, 35 pacientes com retinite por CMV tratados com terapia de manutenção, com contagem de células CD4+ maiores que 100 células/mm³ por no mínimo três meses, mas a maioria dos pacientes apresentava esses valores por mais de seis meses e carga viral < 30.000 cópias/mL, foram avaliados prospectivamente para a recorrência de doença por CMV. A terapia de manutenção foi retirada na inclusão e os pacientes foram monitorados no mínimo 48 semanas por avaliações clínicas e oftalmológicas e pela determinação de marcadores de viremia para CMV (antigenemia). Contagens de CD4+ e CD8+ e níveis de RNA de HIV no plasma. Métodos linfoproliferativos foram realizados em 26/35 pacientes. RESULTADOS: Dos 35 pacientes incluídos no estudo, somente um teve reativação da retinite por CMV confirmada, no dia 120 do seguimento. Nenhum paciente teve testes de antigenemia positivos. Nenhuma correlação entre os ensaios linfoproliferativos e contagens de CD4+ foi observada. CONCLUSÃO: Descontinuação da terapia de manutenção para retinite por CMV é segura para aqueles pacientes com recuperação imune quantitativa após HAART.

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Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Virologia

Como Citar

Waib, L. F., Bonon, S. H. A., Salles, A. C., Benard, G., Oliveira, A. C. P. de, Pannuti, C. S., Pedro, R. de J., & Costa, S. C. B. (2007). Retirada da terapia de manutenção para retinite por citomegalovírus em pacientes com aids exibindo resposta imunológica à terapia anti-retroviral altamente efetiva (HAART) . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 49(4), 215-219. https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/31096