Tendências na utilização de antimicrobianos em um hospital universitário, 1990-1996

Autores/as

  • Mauro Silveira de Castro Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Departamento de Produção e Controle de Medicamentos
  • Diogo Pilger Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Departamento de Produção e Controle de Medicamentos
  • Maria Beatriz Cardoso Ferreira Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Ciências Básicas da Saúde; Departamento de Farmacologia
  • Luciane Kopittke Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Departamento de Produção e Controle de Medicamentos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600003

Palabras clave:

Dose diária definida, Uso de medicamentos, Antibióticos, Farmacoepidemiologia, Hábitos de consumo de medicamentos, Pacientes internados, Análise por conglomerados, Hospitais universitários

Resumen

OBJETIVO: Uma das principais preocupações mundiais quanto ao uso de medicamentos está relacionada à utilização de antimicrobianos. Nos países em desenvolvimento, poucos recursos são empregados na monitorização de ações sobre o uso racional de medicamentos. São, também, limitados os dados sobre o uso daqueles agentes em hospitais. Assim realizou-se estudo para determinar os padrões de uso de antimicrobianos em hospital num período de sete anos (1990 a 1996). MÉTODOS: O estudo foi realizado em um hospital universitário, terciário, com 690 leitos, localizado em Porto Alegre, RS. Os registros hospitalares foram revisados visando identificar o consumo de antimicrobianos por pacientes internados, sendo os resultados expressos em dose diária definida (DDD) por 100 leitos-dia. A análise de conglomerados foi realizada para determinar as tendências de consumo dos agentes individuais. RESULTADOS: O consumo de antimicrobianos aumentou com o correr dos anos, passando de 83,8 DDD por 100 leitos-dia, em 1990, a 124,58 DDD por 100 leitos-dia em 1996. O grupo de medicamentos mais utilizado foi de penicilinas (39,6%), seguido por cefalosporinas (15,0%), aminoglicosídeos (14,4%), sulfonamidas (12,8%), glicopeptídeos (3,6%) e lincosaminas (3,1%). Estes grupos foram responsáveis por cerca de 90% do consumo. A análise de conglomerados do uso de antimicrobianos mostrou 13 grupos principais de tendência de consumo. CONCLUSÕES: O consumo de antimicrobianos cresceu no período avaliado, sendo expressivamente mais alto em comparação com o relatado em outros estudos. Quando novas alternativas terapêuticas foram disponibilizadas no hospital, o uso de medicamentos antigos decresceu e, em alguns casos, existiu manutenção dos níveis de consumo. Quando foi realizada intervenção específica como uma campanha para o uso correto de cefoxitina, as mudanças esperadas ocorreram.

Publicado

2002-10-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Castro, M. S. de, Pilger, D., Ferreira, M. B. C., & Kopittke, L. (2002). Tendências na utilização de antimicrobianos em um hospital universitário, 1990-1996 . Revista De Saúde Pública, 36(5), 553-558. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600003