ERICA: prevalência de tabagismo em adolescentes brasileiros

Autores/as

  • Valeska Carvalho Figueiredo Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde
  • André Salem Szklo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Divisão de Epidemiologia
  • Letícia Casado Costa Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
  • Maria Cristina C Kuschnir Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Faculdade de Ciência Médicas; Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente
  • Thiago Luiz Nogueira da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Katia Vergetti Bloch Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Moyses Szklo Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S01518-8787.2016050006741

Resumen

OBJETIVO Estimar as prevalências de tabagismo, experimentação e fumo frequente em adolescentes brasileiros. MÉTODOS Foram avaliados os participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), estudo transversal de base escolar e abrangência nacional. Participaram adolescentes de 12 a 17 anos de municípios com mais de 100 mil habitantes. A amostra foi estratificada e conglomerada e tem representatividade nacional, regional e para as 27 capitais. As informações foram obtidas usando-se questionário autopreenchível. Experimentação foi definida como: ter experimentado cigarros alguma vez na vida. Foram considerados fumantes atuais de cigarros aqueles que fumaram pelo menos um dia nos últimos 30 dias. Utilizou-se como indicador de uso frequente de tabaco ter fumado cigarros por pelo menos sete dias seguidos. Considerando-se o desenho complexo da amostra, prevalências e intervalos de confiança de 95% foram estimados segundo características sociodemográficas e socioambientais. RESULTADOS Foram avaliados 74.589 adolescentes; dentre esses, 18,5% (IC95% 17,7-19,4) fumaram pelo menos uma vez na vida, 5,7% (IC95% 5,3-6,2) fumavam no momento da pesquisa e 2,5% (IC95% 2,2-2,8) fumavam com frequência. Adolescentes de 15 a 17 anos tiveram prevalências mais elevadas de todos os indicadores comparados aos de 12 a 14 anos. As prevalências não apresentaram diferenças significativas entre sexos. Maiores prevalências foram observadas na região Sul e menores na região Nordeste. Independentemente de sexo, as prevalências foram maiores para adolescentes que tinham tido trabalho remunerado, nos que não moravam com os dois pais e que referiram ter tido contato com fumante em casa ou fora. Adolescentes do sexo feminino de escolas públicas fumavam mais do que as de escolas privadas. CONCLUSÕES O tabagismo entre adolescentes ainda é um desafio. Visando a redução da prevalência de tabagismo entre jovens, em especial os que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica, o Brasil deve consolidar e ampliar medidas de saúde pública efetivas.

Publicado

2016-02-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Figueiredo, V. C., Szklo, A. S., Costa, L. C., Kuschnir, M. C. C., Silva, T. L. N. da, Bloch, K. V., & Szklo, M. (2016). ERICA: prevalência de tabagismo em adolescentes brasileiros . Revista De Saúde Pública, 50(suppl. 1), 12s. https://doi.org/10.1590/S01518-8787.2016050006741