Detecção precoce do câncer de mama no Brasil: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013

Autores

  • Gulnar Azevedo e Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Paulo Roberto Borges de Souza-Júnior Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Giseli Nogueira Damacena Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Célia Landmann Szwarcwald Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000191

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama, diagnóstico. Mamografia, utilização, Detecção Precoce de Câncer, Programas de Rastreamento, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO Analisar se as ações de detecção precoce para o câncer de mama, iniciadas com o pedido médico de mamografia, diferem entre usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e aquelas que possuem plano de saúde privado. MÉTODOS A partir dos dados coletados na Pesquisa Nacional de Saúde, foram calculadas as proporções de mulheres que tiveram pedido médico para realização de mamografia segundo ter ou não plano de saúde privado. Para avaliar os fatores relacionados a ter pedido médico de mamografia, foram calculadas odds ratios brutas e ajustadas e os respectivos IC95% por regressão logística. Foram também analisados os principais motivos informados para não ter realizado mamografia após ter o pedido médico, assim como o tempo entre ter realizado o exame e o recebimento do resultado. RESULTADOS Das mulheres entrevistadas, 66,7% tiveram um pedido médico para mamografia (59,4% entre as que eram usuárias do SUS e 83,9% entre as portadoras de plano de saúde privado). Ter plano de saúde privado, maior nível de escolaridade e ser de cor branca se associaram positivamente a ter o pedido médico. Apenas 5,4% (IC95% 4,8–6,0) das mulheres que receberam solicitação médica não conseguiram fazer mamografia – 7,6% eram dependentes do SUS enquanto 1,7% eram portadoras de plano de saúde. Os motivos mais reportados de não conseguir realizar o exame foram: não achar necessário; ter o exame marcado, mas ainda não realizado; e não ter conseguido marcar. Mais de 70% das mulheres receberam o resultado antes de completar um mês da realização. CONCLUSÕES As barreiras de acesso a ter pedido médico para rastreamento mamográfico para o câncer de mama são maiores entre mulheres que dependem exclusivamente do SUS.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, G. A. e, Souza-Júnior, P. R. B. de, Damacena, G. N., & Szwarcwald, C. L. (2017). Detecção precoce do câncer de mama no Brasil: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista De Saúde Pública, 51(supl.1), 14s-. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000191