Transtorno depressivo maior em agentes penitenciários

Autores/as

  • Sheila Nascimento Santos Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Salvador, Bahia, Brasil https://orcid.org/0000-0002-1744-9926
  • Kionna Oliveira Bernardes Santos Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Salvador, Bahia, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3181-2696
  • Fernando Martins Carvalho Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Salvador, Bahia, Brasil https://orcid.org/0000-0002-0969-0170
  • Rita de Cássia Pereira Fernandes Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Salvador, Bahia, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3353-5365

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055002507

Palabras clave:

Prisões, Transtorno depressivo maior, Questionário de saúde do paciente, Saúde do trabalhador

Resumen

OBJETIVO Identificar fatores associados a transtorno depressivo maior (TDM) em agentes penitenciários. MÉTODOS Este estudo de corte transversal incluiu todos os agentes penitenciários do maior complexo prisional do estado da Bahia (Brasil). Num questionário autoaplicado, coletaram-se informações sociodemográficas, ocupacionais e de saúde. A variável de desfecho – TDM – foi avaliada pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e classificada pelo método do ponto de corte ≥ 10 e pelo método de algoritmo. A razão de prevalência (RP) foi a medida de associação utilizada. Conforme regressão multivariada de Cox, as variáveis foram inseridas em dois blocos: características sociodemográficas e aspectos do trabalho, nessa ordem. Apenas as variáveis com RP ajustada (RPaj) ≥ 1,30 foram selecionadas para compor os modelos finais. RESULTADOS Nos 401 agentes investigados, a prevalência de TDM pelo ponto de corte ≥ 10 (simples) e pelo método de algoritmo foi de 18,8% e 9,3%, respectivamente. A prevalência de TDM pelo ponto de corte ≥ 10 foi maior em agentes do sexo feminino (RPaj = 2,77), que sofreram ameaça de facções (RPaj = 2,05), que não referiram treinamento institucional para o cargo (RPaj = 1,38), que afirmaram que o ambiente e as condições de trabalho interferiam na sua saúde física (RPaj = 3,51) e que exerciam atividades geradoras de tensão (RPaj em gradiente crescente). A prevalência de TDM pelo método de algoritmo foi mais elevada em agentes do sexo feminino (RPaj = 3,45), com escolaridade superior (RPaj = 1,71), que afirmaram que o ambiente e as condições de trabalho interferiam na sua saúde física (RPaj = 6,33), que sofreram ameaça de facções (RPaj = 2,14), que não referiram treinamento institucional (RPaj = 1,50) e que têm contato frequente com internos no trabalho (RPaj = 1,48). CONCLUSÃO A alta prevalência de TDM nesses agentes penitenciários associou-se a aspectos sociodemográficos e, principalmente, a aspectos do seu trabalho.

 

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Publicado

2021-04-14

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Santos, S. N., Santos, K. O. B., Carvalho, F. M., & Fernandes, R. de C. P. (2021). Transtorno depressivo maior em agentes penitenciários. Revista De Saúde Pública, 55, 11. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055002507