Soroprevalência de infecção chagásica em área de Triatoma infestans após medidas de controle

Autores/as

  • Maria Esther Carvalho Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
  • Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre Faculdade de Saude Pública da Universidade de São Paulo
  • Cláudio Santos Ferreira Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo
  • Cássio da Silva Mello Secretaria Municipal da Saúde
  • José Maria Soares Barata Faculdade de Saude Pública da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000100004

Palabras clave:

Doença de Chagas^i1^sepidemiolo, Estudos soroepidemiológicos

Resumen

INTRODUÇÃO: Como parte de projeto que busca resgatar informações sobre sorologia da infecção chagásica no Estado de São Paulo durante a vigência das atividades oficiais de controle de vetores, foram selecionados dados relativos ao município de Taquarituba, região de Sorocaba, de importante passado chagásico. A despeito da campanha de combate instituída na década de 50, ainda persistiam aí populações de triatomíneos vetores intradomiciliares na década de 70. MÉTODOS: De amostras das populações de cinco localidades do Município de Taquarituba, Estado de São Paulo, foram analisados os dados de idade, sexo, tempo de moradia na casa que ocupavam e naturalidade. A possível relação entre idade e soropositividade foi investigada utilizando-se o cálculo de probitos. De 1974 e 1976, a prevalência da infecção chagásica foi estimada por meio de reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para a detecção de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi. RESULTADOS: A proporção total de soropositivos foi de 13,6% (n = 2.784), sem diferença significativa entre os sexos (p = 0,538). Os naturais de Taquarituba contribuíram com 62,9% das amostras examinadas e 62,4% dos soropositivos (n = 380). Ausente em crianças de menos de 6 anos, a soropositividade aumentou de 2,7% no grupo etário de 6 a 9 anos para 30,3% no de 30 a 39 anos. Dentro desse intervalo encontrou-se, por meio do cálculo de probitos, associação positiva entre idade e soropositividade. CONCLUSÕES: Os resultados das provas sorológicas sugeriram haver associação entre as medidas contra Triatoma infestans e o declínio da transmissão da doença de Chagas durante os anos 60, seguido de ulterior controle. Sugere-se a realização de pesquisa para investigar a ocorrência de infecção congênita em população feminina com mais de 14 anos, sorologicamente positivas.

Publicado

2000-02-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Carvalho, M. E., Latorre, M. do R. D. de O., Ferreira, C. S., Mello, C. da S., & Barata, J. M. S. (2000). Soroprevalência de infecção chagásica em área de Triatoma infestans após medidas de controle . Revista De Saúde Pública, 34(1), 15-20. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000100004