Evolução do padrão de aleitamento materno

Autores/as

  • Suzane C Kummer Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre
  • Elsa RJ Giugliani Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria e Puericultura
  • Lulie O Susin Fundação do Rio Grande; Departamento de Patologia
  • Jacson L Folletto Fundação do Rio Grande; Departamento de Patologia
  • Nádia R Lermen Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas
  • Vivien YJ Wu Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Lyssandra dos Santos Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Márcio B Caetano Hospital de Clínicas de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200007

Palabras clave:

Aleitamento materno, Desmame, Promoção da saúde, Fatores socioeconômicos, Maternidades, Leite humano, Lactação

Resumen

OBJETIVO: Acompanhar a evolução da prática do aleitamento materno na clientela de maternidade e avaliar as ações para sua promoção. MÉTODOS: Foram comparadas duas coortes de crianças nascidas em épocas diferentes em hospital de Porto Alegre, RS, quanto às prevalências do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida das crianças bem como as taxas de interrupção precoce da amamentação. Os dois estudos foram prospectivos, envolvendo 202 crianças na coorte de 1987 e 187 na de 1994, todas saudáveis, com peso de nascimento igual ou superior a 2.500 g, tendo iniciado o aleitamento materno e cujos pais morassem juntos. O acompanhamento foi realizado através de correspondência, no estudo de 1987, e de visitas domiciliares, no estudo de 1994. RESULTADOS: As curvas de sobrevida do aleitamento materno revelaram que o percentual de crianças amamentadas ao longo dos primeiros seis meses foi semelhante nas duas coortes. A prevalência do aleitamento materno exclusivo, apesar de baixa nos dois grupos, foi superior na população de 1994, especialmente entre as crianças cujas mães tinham maior escolaridade. Não houve diferença no índice de interrupção precoce entre as duas coortes (36% na coorte de 1987 e 39% na de 1994). CONCLUSÕES: Os resultados apontam para uma apatia do serviço com relação à promoção do aleitamento materno no período estudado, justificando plenamente o investimento na promoção da amamentação, especialmente nas famílias menos privilegiadas.

Publicado

2000-04-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Kummer, S. C., Giugliani, E. R., Susin, L. O., Folletto, J. L., Lermen, N. R., Wu, V. Y., Santos, L. dos, & Caetano, M. B. (2000). Evolução do padrão de aleitamento materno . Revista De Saúde Pública, 34(2), 143-148. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200007