Caminhoneiros de rota curta e sua vulnerabilidade ao HIV, Santos, SP

Autores/as

  • Luciana Villarinho Associação Santista de Pesquisa Prevenção e Educação em DST/Aids
  • Ivanilda Bezerra Associação Santista de Pesquisa Prevenção e Educação em DST/Aids
  • Regina Lacerda Associação Santista de Pesquisa Prevenção e Educação em DST/Aids
  • Maria do Rosario Dias de Oliveira Latorre Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Vera Paiva Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids
  • Ron Stall University of California; Department of Family and Community Medicine
  • Norman Hearst University of California; Department of Family and Community Medicine

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000500009

Palabras clave:

Homens, Vulnerabilidade, Conhecimentos, atitudes e prática, Síndrome de imunodeficiência adquirida^i1^spreven, HIV, Transportes, Comportamento sexual, Percepção, Fatores de risco, Infecções por HIV^i1^spreven, Caminhoneiros

Resumen

OBJETIVO: Descrever a vulnerabilidade, de caminhoneiros de rota curta, à transmissão sexual do HIV e da Aids. MÉTODOS: Foram entrevistados 279 caminhoneiros com vínculo de trabalho na cidade de Santos, SP, em locais de concentração na área portuária e suas proximidades, sindicatos e associações, recrutados pela amostragem do tipo "bola-de-neve". Foram realizadas entrevistas utilizando perguntas abertas e fechadas sobre questões sociodemográficas, práticas sexuais, uso de drogas, conhecimento sobre o HIV e a Aids, contato prévio com programas de prevenção à Aids em Santos, percepção de sua vulnerabilidade ao HIV e à Aids. Foi realizada análise descritiva da amostra, e apresentados relatos para ilustrar algumas situações de vulnerabilidade. RESULTADOS: Do total de 279 caminhoneiros entrevistados, 93% declararam ter parceira fixa, 40% referiram manter relações sexuais com parceiras casuais, e 19% referiram manter relações sexuais com parceiras freqüentes. A principal situação de vulnerabilidade ao HIV ocorre devido ao uso inconsistente do preservativo, interligado ao vínculo estabelecido com cada parceira. O tempo fora de casa parece não ser o principal fator para situações de vulnerabilidade, conforme demonstram estudos com caminhoneiros de rota longa. CONCLUSÕES: A cultura "machista" e os papéis tradicionais masculinos são emblemáticos entre os caminhoneiros de rota curta. Certamente é necessário investir mais na prevenção nessa categoria profissional. A prevenção em locais de trabalho parece promissora, pois permite entender melhor seu universo, propiciando intervenções educativas adequadas a essa categoria profissional.

Publicado

2002-08-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Villarinho, L., Bezerra, I., Lacerda, R., Latorre, M. do R. D. de O., Paiva, V., Stall, R., & Hearst, N. (2002). Caminhoneiros de rota curta e sua vulnerabilidade ao HIV, Santos, SP . Revista De Saúde Pública, 36(4 supl.0), 61-67. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000500009