Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e Aids entre jogadores juniores

Autores/as

  • Wilson Aparecido Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Cassia Maria Buchalla Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Vera Paiva Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids
  • Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Ron Stall Centers for Disease Control and Prevention
  • Norman Hearst University of California; Department of Family and Community Medicine

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000500010

Palabras clave:

Síndrome de imunodeficiência adquirida^i1^spreven, HIV, Doenças sexualmente transmissíveis^i1^spreven, Conhecimentos, atitudes e prática, Futebol, Vulnerabilidade, Saúde reprodutiva

Resumen

INTRODUÇÃO/ OBJETIVO: Os casos de Aids continuam crescendo entre os jovens, e existem poucos estudos para entender as especificidades da vulnerabilidade masculina no contexto jovem. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de desenvolver um programa de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e da Aids entre jogadores profissionais de futebol. MÉTODOS: Participaram do estudo 25 jogadores juniores de um time de futebol profissional de Campinas, SP. O estudo foi desenvolvido em duas etapas: (1) aplicação de questionário para auto-resposta, com informações sociodemográficas, sobre adesão às normas tradicionais de gênero, conhecimentos e prevenção de DST/Aids e risco de transmissão associado ao esporte; e (2) uma segunda etapa com dezessete sessões de dinâmica de grupo. Diversas dinâmicas e formas de expressão (discursiva, escrita, pictográfica, vídeos) foram utilizadas para captar os conteúdos do grupo com referência aos temas desenvolvidos. RESULTADOS: O grupo mostrou elevado grau de informação quanto às vias de transmissão do HIV e baixo nível de conhecimento em relação à reprodução e às DST. A gravidez não planejada constituiu a principal preocupação desses jovens. Quanto ao preservativo, o uso consistente só foi relatado com parceiras casuais (73%) e foi inconsistente com parceiras fixas (27%). A convivência, no futebol, com atletas infectados pelo HIV, é entendida como ameaça para 58% do grupo. CONCLUSÕES: Os jovens se consideram pouco vulneráveis, embora expostos à possibilidade de adquirir HIV e de ocorrer gravidez indesejada. Os atletas têm pouco conhecimento sobre o corpo e sobre a saúde reprodutiva. O espaço do futebol, assim como dos demais esportes, pode ser um importante local para intervenção e formação de multiplicadores, uma vez que jogadores são considerados modelos por crianças e jovens.

Publicado

2002-08-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Silva, W. A., Buchalla, C. M., Paiva, V., Latorre, M. do R. D. de O., Stall, R., & Hearst, N. (2002). Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e Aids entre jogadores juniores . Revista De Saúde Pública, 36(4 supl.0), 68-75. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000500010