Efeito de estresse ambiental sobre a pressão arterial de trabalhadores

Autores/as

  • Renato Rocha Universidade Estadual de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Marcelo Porto Universidade Estadual de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Monica Yara Gabriel Morelli Universidade Estadual de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Nailza Maestá Universidade Estadual de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Paulo Henrique Waib Faculdade de Medicina de Marília; Departamento de Clínica Médica
  • Roberto Carlos Burini Universidade Estadual de São Paulo; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600005

Palabras clave:

Pressão arterial, Freqüência cardíaca, Estresse, Exposição ocupacional, Condições de trabalho, Antropometria, Ruído ocupacional, Calor, Indústria da madeira

Resumen

OBJETIVO: Analisar o comportamento de pressão arterial (PA) e a freqüência cardíaca (Fc) de indivíduos ao longo da jornada de trabalho em dois ambientes com estresses ambientais distintos. MÉTODOS: Foram avaliados 46 funcionários, trabalhadores de uma indústria processadora de madeira, de Botucatu, SP, sendo 27 funcionários da linha de produção (esforço físico moderado-intenso, altas temperaturas e elevados níveis de ruído) (G1), e 19 da administração (sem esforço físico, salas aclimatadas, baixos níveis de ruído) (G2). Todos foram submetidos a avaliação antropométrica da composição corporal (obesidade e adiposidade) e bioquímica do sangue (lipidemia) e, adicionalmente, o registro da PA e da Fc em três momentos do turno de serviço: início, meio e fim. RESULTADOS: Houve semelhança na variação da PA entre G1 e G2, mas com maiores elevações de PA e Fc em G1. Os resultados mostraram grande variabilidade na resposta da PA, levando à subdivisão dos grupos G1 e G2 em respondedores (GR, aumento maior de 10% na PA média) e não respondedores (GN). Os subgrupos GR e GN apresentaram semelhanças nos padrões antropométrico e bioquímico diferindo apenas na resposta pressórica e no caso do GR1 na história familiar de hipertensão. Comparando os subgrupos GR1 e GR2, foi constatado que os primeiros apresentaram maiores variações de PA e Fc que os segundos. CONCLUSÕES: A variação individual da resposta pressórica e da Fc conforme o tipo de estresse ambiental indica ser este um fator adicional a ser considerado na avaliação da pressão arterial e, talvez, na gênese da hipertensão arterial de operários.

Publicado

2002-10-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Rocha, R., Porto, M., Morelli, M. Y. G., Maestá, N., Waib, P. H., & Burini, R. C. (2002). Efeito de estresse ambiental sobre a pressão arterial de trabalhadores . Revista De Saúde Pública, 36(5), 568-575. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600005