Mortalidade perinatal e evitabilidade: revisão da literatura

Autores/as

  • Sônia Lansky Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Elizabeth França Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Maria do Carmo Leal Fiocruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000700017

Palabras clave:

Mortalidade perinatal (saúde pública), Assistência perinatal^i1^sorganiza, Cuidado pré-natal^i1^sorganiza, Serviços de saúde materna^i1^sorganiza, Serviços de saúde infantil^i1^sorganiza, Evitabilidade

Resumen

Neste artigo, realizou-se uma revisão da literatura sobre mortalidade perinatal com maior enfoque na evitabilidade desses óbitos. Foram pesquisadas, sobretudo, publicações da década de 90 nas bases Medline e Lilacs (América Latina e Caribe). Discutiram-se as dificuldades para a realização de estudos nesta área, ainda em número restrito no Brasil, em decorrência do grande subregistro de óbitos fetais e da má qualidade da informação nas declarações de óbitos. Foram apresentadas as principais propostas de classificação dos óbitos perinatais baseadas em enfoque de evitabilidade, com destaque para a classificação de Wigglesworth. Nesta abordagem, os óbitos perinatais foram relacionados a momentos específicos da assistência, sendo evidenciadas as possibilidades de sua prevenção. Recomenda-se o enfoque de evitabilidade para a abordagem da mortalidade perinatal no Brasil, dado que as taxas são ainda elevadas, a maioria dos óbitos é considerada evitável e poderia ser prevenida com a melhoria da assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, não apenas quanto à sua resolubilidade clínica, mas também à organização da assistência em sistemas hierarquizados e regionalizados, assegurando o acesso da gestante e do recém-nascido em tempo oportuno a serviços de qualidade.

Publicado

2002-12-01

Número

Sección

Review

Cómo citar

Lansky, S., França, E., & Leal, M. do C. (2002). Mortalidade perinatal e evitabilidade: revisão da literatura . Revista De Saúde Pública, 36(6), 759-772. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000700017