Aconselhamento e testagem voluntária para o HIV durante a assistência pré-natal

Autores/as

  • Marcelo Zubaran Goldani Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Elsa Regina Justo Giugliani Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Thomas Scanlon Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Humberto Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Kelli Castilhos Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Letícia Feldens Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina; Departamento de Pediatria
  • Andrew Tomkins University College of London; Institute of Child Health; Centre for International Child Health

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000500002

Palabras clave:

Infecções por HIV^i2^sdiagnóst, Aconselhamento, Cuidado pré-natal, HIV, Fatores socioeconômicos

Resumen

OBJETIVO: O aconselhamento e teste voluntário para o HIV foram instituídos no Brasil para todas as gestantes com o objetivo de reduzir a transmissão materno-infantil do vírus. O objetivo do estudo é verificar as características de testagem do HIV e identificar os fatores associados com a oportunidade da gestante ser aconselhada para esse teste. MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 1.658 mães residentes em Porto Alegre, RS. Variáveis biológicas, reprodutivas e sociais foram obtidas utilizando-se um questionário padronizado. Ser aconselhada para o teste de detecção do HIV foi a variável dependente. Para determinar os fatores associados à oportunidade de aconselhamento foram utilizados intervalos de confiança de 95%, o teste de qui-quadrado e uma análise multivariada utilizando o modelo hierarquizado. RESULTADOS: De um total de 1.658 mulheres entrevistadas, 1.603 ou 96,7% (IC 95%, 95,7%-97,5%) foram testadas para o HIV, 51 ou 3,1% (IC 95%, 2,3%-4,0%) não foram testadas e quatro (0,2%) se negaram a fazer o teste. Das 51 não-testadas, 30 haviam feito o teste previamente. Das 1.603 mulheres testadas durante a gestação, 630 ou 39,3% (IC 95%, 36,9%-41,7%) foram aconselhadas sobre o teste, 947 ou 59,1% não o foram (IC 95%, 56,6%-61,5%) e 26 (1,6%) não informaram. Baixa renda, não ter acesso ao pré-natal, iniciá-lo tardiamente, uso do teste rápido, e realizar o pré-natal no setor público estavam independentemente associados a uma menor probabilidade de ser aconselhada. CONCLUSÃO: O estudo confirmou uma alta taxa de testagem para o HIV. As gestantes provenientes de grupos sociais menos privilegiados foram aconselhadas em menor freqüência para a realização do teste de HIV.

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Publicado

2003-10-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Goldani, M. Z., Giugliani, E. R. J., Scanlon, T., Rosa, H., Castilhos, K., Feldens, L., & Tomkins, A. (2003). Aconselhamento e testagem voluntária para o HIV durante a assistência pré-natal . Revista De Saúde Pública, 37(5), 552-558. https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000500002