Ansiedade ao tratamento odontológico em atendimento de urgência

Autores/as

  • Kazue Kanegane Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Departamento de Estomatologia
  • Sibele Sarti Penha Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Departamento de Estomatologia
  • Maria Aparecida Borsatti Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Departamento de Estomatologia
  • Rodney Garcia Rocha Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia; Departamento de Estomatologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000600015

Palabras clave:

Ansiedade ao tratamento odontológico, Emergências, Medo, Fatores socioeconômicos

Resumen

OBJETIVO: Avaliar a freqüência de pacientes com ansiedade ou medo do tratamento odontológico em um setor de urgência. MÉTODOS: Participaram do estudo 252 pacientes, com 18 anos ou mais, que compareceram ao setor de urgência de uma faculdade de odontologia, de São Paulo, SP, entre agosto e novembro de 2001. Para avaliar a ansiedade, foram utilizadas a Modified Dental Anxiety Scale (MDAS), e a Escala de Medo de Gatchel. O grupo estudado respondeu a questões sobre: tempo decorrido desde a última visita ao dentista e desde o início dos sintomas, escolaridade, renda familiar e história prévia de trauma. Os resultados foram analisados pelos testes estatísticos (chi2 e Teste Exato de Fisher). RESULTADOS: Foram identificados 28,2% de indivíduos com algum grau de ansiedade, segundo a MDAS, na qual as mulheres foram consideradas mais ansiosas que os homens (chi2=0,01); e 14,3% de pacientes com alto grau de medo segundo a Escala de Medo de Gatchel. Em 44,4% da amostra a demora para procura de alívio dos sintomas foi >; sete dias. Mulheres ansiosas procuraram atendimento mais rapidamente e em maior número. Experiência traumática anterior ocorreu em 46,5% dos pacientes ansiosos. Não foi possível relacionar escolaridade e renda familiar com ansiedade e/ou medo. CONCLUSÕES: Pacientes ansiosos, com destaque para as mulheres, são freqüentes no atendimento odontológico de urgência. Experiência prévia traumática mostrou-se importante para o desenvolvimento da ansiedade em relação ao atendimento odontológico.

Publicado

2003-12-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Kanegane, K., Penha, S. S., Borsatti, M. A., & Rocha, R. G. (2003). Ansiedade ao tratamento odontológico em atendimento de urgência . Revista De Saúde Pública, 37(6), 786-792. https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000600015