Perspectiva de médicos brasileiros sobre a estratégia da segunda opinião antes de realizar uma cesárea

Autores/as

  • Maria José Duarte Osis Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas
  • José Guilherme Cecatti Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Obstetrícia e Ginecologia
  • Karla Simônia de Pádua Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas
  • Anibal Faúndes Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000200008

Palabras clave:

Parto obstétrico, Referência e consulta^i2^sutiliza, Conhecimentos, atitudes e prática em saúde, Hospitais privados, Hospitais públicos, Cesariana

Resumen

OBJETIVO: Descrever a opinião dos médicos que participaram no Brasil do Estudo Latino-Americano de Cesárea sobre a estratégia da segunda opinião antes de decidir fazer uma cesárea. MÉTODOS: Setenta e dois médicos dos hospitais do grupo de intervenção, onde se implantou a estratégia da segunda opinião, e 70 do grupo controle auto-responderam um questionário estruturado e pré-testado. Prepararam-se tabelas descritivas para apresentar a freqüência das variáveis mais relevantes sobre a opinião dos médicos a respeito: da efetividade da implementação da estratégia da segunda opinião; se recomendariam ou não a sua implementação e as razões para não a recomendarem em instituições privadas; a factibilidade da sua implementação e as razões para não a considerarem factível em instituições privadas. RESULTADOS: Metade dos médicos dos hospitais de intervenção (50%) e cerca de dois terços do grupo controle (65%) consideraram que a estratégia da segunda opinião havia sido ou poderia ser eficaz para reduzir o número de cesáreas na instituição em que eles trabalhavam. A grande maioria dos médicos que responderam o questionário nos hospitais de intervenção e controle considerou que a estratégia seria factível em instituições públicas (87% e 95% respectivamente), mas não nas privadas (64% e 70% respectivamente), principalmente porque nessas últimas os médicos não aceitariam a interferência de um colega sobre a sua decisão de fazer uma cesárea. CONCLUSÃO: Embora a estratégia da segunda opinião tenha sido percebida como capaz de reduzir as taxas de cesariana, os médicos não a consideraram factível fora do sistema público de saúde no Brasil.

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Publicado

2006-04-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Osis, M. J. D., Cecatti, J. G., Pádua, K. S. de, & Faúndes, A. (2006). Perspectiva de médicos brasileiros sobre a estratégia da segunda opinião antes de realizar uma cesárea . Revista De Saúde Pública, 40(2), 233-239. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000200008