Distribuição espacial de Aedes albopictus na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul

Autores/as

  • Paulo Silva de Almeida Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul; Núcleo Regional de Saúde; Laboratório Regional de Entomologia
  • Ademar Dimas Ferreira Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul; Núcleo Regional de Saúde; Laboratório Regional de Entomologia
  • Veruska Lopes Pereira Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul; Núcleo Regional de Saúde; Laboratório Regional de Entomologia
  • Marcos Gino Fernandes Universidade Federal da Grande Dourados; Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais
  • Wedson Desidério Fernandes Universidade Federal da Grande Dourados; Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000700019

Palabras clave:

Aedes albopictus, Estimativas de população, Ecologia, Amostragem, Técnicas de estimativa, Técnicas de apoio para a decisão

Resumen

OBJETIVO: Estudar a distribuição espacial da população de Aedes albopictus, visando fornecer subsídios para construção de planos de amostragem e decisão sobre o controle deste vetor em levantamentos em campo. MÉTODOS: O estudo foi realizado em área urbana próxima de resquícios de vegetação primária, no distrito Picadinha, distante 20 km do município de Dourados, MS. Dez amostragens foram realizadas entre 28/1/2003 e 9/4/2003, utilizando-se armadilhas do tipo ovitrampas e monitoradas semanalmente, distribuídas em uma área amostral fixa com 10 pontos de coleta por amostragem, espaçadas em 300 m. Foram calculados os índices de agregação e ajuste às seguintes distribuições teóricas de freqüência: binomial negativa, binomial positiva e de Poisson. RESULTADOS: A variância amostral foi superior à média nas amostragens, resultando nos índices de razão variância-média sempre acima da unidade (32,066, 29,410, 14,444, 58,840, 56,042, 111,262, 70,140, 50,701, 93,221 e 8,481). O índice de Morisita apresentou valores significativamente acima da unidade em todas as amostragens (6,275, 3,947, 1,484, 3,725, 3,014, 5,450, 3,214, 3,886, 3,954 e 5,810). O parâmetro K resultou em valores entre 0 e 8 (0,174, 0,309, 1,867, 0,332, 0,449, 0,203, 0,408, 0,314, 0,306 e 0,200). Os testes do qui-quadrado de ajuste às distribuições binominal negativa, binomial positiva e de Poisson não foram significativos. CONCLUSÕES: A população de Aedes albopictus da localidade estudada apresentou distribuição espacial padrão agregada. Isso implica que ao encontrar alguns indivíduos do vetor em um determinado local, é provável que outros sejam encontrados nas áreas circunvizinhas, preconizando a aplicação de inseticidas sem a necessidade de amostrar outros pontos dessa localidade.

Publicado

2006-12-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Almeida, P. S. de, Ferreira, A. D., Pereira, V. L., Fernandes, M. G., & Fernandes, W. D. (2006). Distribuição espacial de Aedes albopictus na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul . Revista De Saúde Pública, 40(6), 1094-1100. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000700019