Triagem familiar para o gene HBB*S e detecção de novos casos de traço falciforme em Pernambuco

Autores/as

  • Flavia Miranda Gomes C Bandeira Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco
  • Magnun Nueldo Nunes Santos Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco
  • Marcos André M Bezerra Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco
  • Yara M Gomes Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
  • Aderson Silva Araujo Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco
  • Maria Cynthia Braga Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
  • Wayner Vieira Souza Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
  • Frederico G C Abath Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000002

Palabras clave:

Anemia Falciforme^i1^sepidemiolo, Traço Falciforme^i1^sepidemiolo, Detecção de Heterozigoto, Triagem Neonatal, Triagem Genética, Estudos Transversais

Resumen

OBJETIVO: Estimar o incremento no número adicional de afetados com base na prevalência de síndromes falciformes em familiares de casos-índice. MÉTODOS: Estudo transversal em familiares de amostra aleatória dos casos-índice identificados por programa de triagem neonatal em Pernambuco, no período de 2001 a 2005. O modelo de triagem familiar ampliado incluiu 463 membros familiares de 21 casos-índice. Os familiares foram categorizados como: núcleo reduzido (NR -pai, mãe e irmãos); de primeiro grau (N1 - avós, tios e primos de primeiro grau); de segundo grau (N2 - filhos dos primos de primeiro grau); ampliado (NA - NR+N1+N2) e ampliado de primeiro grau (NA1 -NR+N1). A confirmação da presença de HBB*S e detecção de hemoglobinas anormais foram realizadas por meio da High Performance Liquid Chromathgraphy. A associação entre a presença de HBB*S e variáveis foi testada pelo cálculo da razão de prevalência e respectivos IC 95% e a diferença entre médias verificadas pelo teste t de Student, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: A anemia falciforme era desconhecida por 81% dos familiares; o gene HBB*S esteve presente em 114 familiares. Observou-se que 53,3% da população estudada estava na faixa considerada reprodutiva e 80% das pessoas portadoras do gene HBB*S já tinham gerado filhos. A freqüência foi maior no núcleo NR (69%), mas também elevada no N1 (22,8%). O NA1 resultou na detecção de 69 portadores adicionais (aumento de 172%). CONCLUSÕES: Os resultados indicam que a triagem familiar para identificação de portadores de síndrome falciforme deve ser estendida para os familiares até o primeiro grau.

Publicado

2008-04-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Bandeira, F. M. G. C., Santos, M. N. N., Bezerra, M. A. M., Gomes, Y. M., Araujo, A. S., Braga, M. C., Souza, W. V., & Abath, F. G. C. (2008). Triagem familiar para o gene HBB*S e detecção de novos casos de traço falciforme em Pernambuco . Revista De Saúde Pública, 42(2), 234-241. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000002