Uso de substâncias psicoativas e métodos contraceptivos pela população urbana brasileira, 2005

Autores/as

  • Francisco I Bastos Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Cynthia B Cunha Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Neilane Bertoni Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000800014

Palabras clave:

Anticoncepção^i1^sutiliza, Preservativos^i1^sutiliza, Consumo de Bebidas Alcoólicas, Drogas ilícitas, Estudos Populacionais em Saúde Pública, Brasil, Estudos transversais

Resumen

OBJETIVO: Analisar a relação entre os padrões de utilização de preservativos e outros métodos contraceptivos e o consumo de álcool e drogas. MÉTODOS: Estudo exploratório com base em dados de amostra probabilística com 5.040 entrevistados residentes em grandes regiões urbanas do Brasil, com idades entre 16 e 65 anos, em 2005. Os dados foram coletados por meio de questionários. Empregou-se a técnica de árvores de classificação Chi-square Automatic Interaction para estudar o uso de preservativos por parte de entrevistados de ambos os sexos e de outros métodos contraceptivos entre as mulheres na última relação sexual vaginal. RESULTADOS: Entre adultos jovens e de meia idade, de ambos os sexos, e jovens do sexo masculino vivendo relacionamentos estáveis, o uso de preservativos foi menos freqüente entre os que disseram utilizar substâncias psicoativas (álcool e/ou drogas ilícitas). O possível efeito modulador das substâncias psicoativas parece incidir de forma mais clara sobre as práticas anticoncepcionais de mulheres maduras, com inter-relações mais complexas, entre as mulheres mais jovens, onde a inserção em diferentes classes sociais parece desempenhar papel mais relevante. CONCLUSÕES: Apesar das limitações decorrentes de um estudo exploratório, o fato de se tratar de amostra representativa da população urbana brasileira, e não de populações vulneráveis, reforça a necessidade de implementar políticas públicas integradas dirigidas à população geral, referentes à prevenção do consumo de drogas, álcool, infecções sexualmente transmissíveis e HIV/Aids e da gravidez indesejada nos marcos de promoção da saúde sexual e reprodutiva.

Publicado

2008-06-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Bastos, F. I., Cunha, C. B., & Bertoni, N. (2008). Uso de substâncias psicoativas e métodos contraceptivos pela população urbana brasileira, 2005 . Revista De Saúde Pública, 42(suppl.1), 118-126. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000800014