Perfil e seguimento dos pacientes com tuberculose em município prioritário no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005304Palavras-chave:
Tuberculose, terapia, Pacientes Desistentes do Tratamento, estatística & dados numéricos, Adesão à Medicação, Resultado do Tratamento, Vigilância Epidemiológica, Notificação de Doenças, Sub-RegistroResumo
OBJETIVO Analisar casos de tuberculose e o impacto do acompanhamento direto na detecção dos desfechos dos tratamentos.MÉTODOS Estudo de coorte aberto prospectivo com 504 casos notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em Juiz de Fora, MG, no período de 2008 a 2009. Foram comparadas as incidências de encerramentos dos tratamentos de um grupo de casos de tuberculose detectadas por acompanhamento direto (287) por meio de contatos mensais com os pacientes durante os seus retornos, com as coletadas indiretamente (217) por meio do sistema de registro do município. Para comparar as proporções foi utilizado o teste Qui-quadrado, com nível de significância de 0,05. O risco relativo foi utilizado para avaliar a razão de incidências de cada tipo de encerramento entre os dois grupos.RESULTADOS Dos encerramentos acompanhados, direta e indiretamente, 18,5% e 3,2% o abandonaram e 3,8% e 0,5% tiveram falência de tratamento, respectivamente. As incidências de abandono e falência dos tratamentos foram maiores no grupo com acompanhamento direto (p < 0,05) (RR = 5,72; IC95% 2,65;12,34 e RR = 8,31; IC95% 1,08;63,92), respectivamente.CONCLUSÕES Houve maior incidência de abandonos e de falências na população acompanhada diretamente que, em sua maioria, permaneceu negligenciada pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação. São necessárias medidas efetivas para melhoria do controle da tuberculose e da qualidade dos dados.Downloads
Publicado
2015-01-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Pereira, J. da C., Silva, M. R., Costa, R. R. da, Guimarães, M. D. C., & Leite, I. C. G. (2015). Perfil e seguimento dos pacientes com tuberculose em município prioritário no Brasil. Revista De Saúde Pública, 49, 6. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005304