Fatores associados à dor crônica na coluna em adultos no Brasil

Autores

  • Deborah Carvalho Malta Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública
  • Max Moura de Oliveira Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Silvânia Suely Caribé de Araújo Andrade Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; Diretoria de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis
  • Waleska Teixeira Caiaffa Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Maria de Fatima Marinho de Souza Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; Diretoria de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis
  • Regina Tomie Ivata Bernal Universidade de São Paulo; Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000052

Palavras-chave:

Adulto, Dor Lombar, epidemiologia, Autoavaliação Diagnóstica, Fatores de Risco, Fatores Socioeconômicos, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO Identificar associações de dor crônica na coluna com características sociodemográficas, estilos de vida, índice de massa corporal, doenças crônicas autorreferidas e avaliação do estado de saúde, segundo sexo. MÉTODOS Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013; estimadas as prevalências e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) da dor crônica na coluna, segundo variáveis selecionadas; e realizado ajuste por idade e escolaridade. RESULTADOS 18,5% da população brasileira referiram dor crônica na coluna, sendo 15,5% (IC95% 14,7–16,4) em homens e 21,1% (IC95% 20,2–22,0) em mulheres. As características que se mantiveram associadas após o ajuste e estatisticamente significativas (p < 0,05) em homens foram: aumento com a faixa etária, sendo maior entre aqueles com 65 anos ou mais (ORa = 6,06); baixa escolaridade; morar em área rural; histórico de tabagismo, consumo elevado de sal, aumento do tempo de prática de atividade física pesada no trabalho e atividade pesada no domicílio; ter sobrepeso (ORa = 1,18) ou obesidade (ORa = 1,26); diagnóstico de hipertensão (ORa= 1,42), colesterol elevado (ORa = 1,60); e pior avaliação do estado de saúde (bom [ORa = 1,48]; regular [ORa = 3,22]; ruim [ORa = 5,00], muito ruim [ORa = 8,60]). Entre mulheres: aumento com a faixa etária, sendo maior entre as mulheres com 55–64 anos (ORa = 3,64); menor escolaridade; histórico de tabagismo, consumo de doces regularmente, consumo elevado de sal, atividade e aumento do tempo de prática de atividade física pesada no trabalho e atividade pesada no domicílio; ter sobrepeso (ORa = 1,23) ou obesidade (ORa = 1,32); diagnóstico de hipertensão (ORa = 1,50), colesterol elevado (ORa = 1,84); e piora da avaliação do estado de saúde (bom [ORa = 1,43]; regular [ORa = 3,16]; ruim [ORa = 5,44], muito ruim [ORa = 8,19]). CONCLUSÕES Os achados apontam diferenças por sexo e contribuem no conhecimento do panorama da dor crônica na coluna, que além de afetar o indivíduo, geram impactos socioeconômicos negativos, por ocasionar incapacidades relacionadas ao trabalho e realização de atividades cotidianas.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Malta, D. C., Oliveira, M. M. de, Andrade, S. S. C. de A., Caiaffa, W. T., Souza, M. de F. M. de, & Bernal, R. T. I. (2017). Fatores associados à dor crônica na coluna em adultos no Brasil. Revista De Saúde Pública, 51(supl.1), 9s-. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000052