Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil

Autores

  • Deborah Carvalho Malta Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública
  • Regina Tomie Ivata Bernal Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Margareth Guimarães Lima Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Silvânia Suely Caribé de Araújo Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde
  • Marta Maria Alves da Silva Universidade Federal de Goiás; Hospital das Clínicas
  • Maria Imaculada de Fátima Freitas Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública
  • Marilisa Berti de Azevedo Barros Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000090

Palavras-chave:

Doença Crônica, epidemiologia, Serviços de Saúde, utilização, Acesso aos Serviços de Saúde, Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde, Equidade no Acesso, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO Analisar se sexo, escolaridade e posse de plano de saúde influenciam a utilização de serviços de saúde entre a população adulta brasileira portadora de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). MÉTODOS Foram analisados dados de inquérito transversal, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Foram comparadas as frequências de uso de serviços na população que referiu pelo menos uma DCNT, com aquelas que não relatam DCNT, segundo sexo, escolaridade, posse de plano de saúde e número de DCNT (1, 2, 3, 4 ou mais). Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas por sexo, idade e região e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS A presença de doença crônica associou-se ao aumento de internação nos últimos 12 meses, em 1,7 vezes (IC95% 1,53–1,9). Deixar de realizar atividades habituais nas duas últimas semanas por motivo de saúde foi 3,1 vezes maior em portadores de DCNT (IC95% 2,78–3,46), e a prevalência de consulta médica nos últimos 12 meses foi 1,26 vezes maior (IC95% 1,24–1,28). Portadores de DCNT utilizam mais os serviços de saúde, assim como as mulheres, pessoas com maior número de DCNT, com planos de saúde e elevada escolaridade. CONCLUSÕES Portadores de DCNT têm maior utilização de serviços de saúde, assim como as mulheres, pessoas com maior número de comorbidades, com planos de saúde e elevada escolaridade.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Malta, D. C., Bernal, R. T. I., Lima, M. G., Araújo, S. S. C. de, Silva, M. M. A. da, Freitas, M. I. de F., & Barros, M. B. de A. (2017). Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Revista De Saúde Pública, 51(supl.1), 4s-. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051000090