Fotossensibilidade e termoestabilidade de vacinas contra o sarampo (cepa Biken CAM-70) liofilizadas e/ou reconstituídas para administração

Autores

  • Edda de Rizzo Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Carlos Alberto de Bragança Pereira Universidade de São Paulo; Instituto de Matemática e Estatística; Departamento de Estatística
  • Francisco Liauw Woe Fang Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Célia Sayoko Takata Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Elisabeth Christina Nunes Tenório Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Michel Marie Pral Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Inácio França Mendes Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle
  • Neuza Maria Frazati Gallina Instituto Butantan; Serviço de Virologia; Seção de Cultura de Tecidos e Controle

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000100009

Palavras-chave:

Vacina contra sarampo^i1^snor, Estudos de avaliação, Fotossensibilidade, Termoestabilidade

Resumo

Três lotes de vacinas contra o sarampo, produzidos com a cepa de vírus Biken CAM-70, sob as formas liofilizada e reconstituída, pertencentes ao estoque da rede de vacinação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Brasil, foram submetidos a testes de sensibilidade à luz, à temperatura de 2 a 8°C, e de termoestabilidade (protegidos da luz) às temperaturas de 28, 36,5 e 45°C, objetivando verificar por quanto tempo retinham sua potência, isto é, a concentração ideal recomendada para a cepa de vírus presente (3,70 log 10 DICT50 ou 5.000 doses infectantes de cultura de tecidos 50% por dose). A análise de retas de regressão ajustadas demonstrou que, de modo geral, tanto os lotes de vacinas liofilizados como os reconstituídos, mantidos às referidas temperaturas, expostos ou protegidos da luz, apresentaram queda de potência no decorrer do experimento, a qual foi mais acentuada para vacinas expostas à luz. Reconstituídos e mantidos a 2 a 8°C, os lotes não apresentaram homogeneidade no referente à sensibilidade à luz. Quando a fotossensibilidade de lotes de vacinas liofilizadas foi testada a 2 a 8°C eles mostraram-se mais sensíveis à degradação térmica quando expostos à luz do que quando protegidos dela. Entretanto, expostos ou protegidos, a potência foi inferior à minima aceita para a cepa Biken CAM-70. Às demais temperaturas, mesmo ao abrigo da luz, os dois lotes não retiveram potência mínima. Quanto às vacinas do lote 3, conservadas a 2 a 8°C, mantiveram-se de acordo com os requerimentos mínimos de potência durante 60 dias quando protegidas da luz, e durante 40 dias quando expostas a ela. A degradação térmica às demais temperaturas foi mais acentuada (28°C: 5 dias; 36,5°C: 2 dias; 45°C: 0,5 dia). Considerando a concentração viral mínima que vacinas produzidas com a cepa Biken CAM-70 devem conter para induzir efetiva resposta imunológica, os lotes de vacinas pesquisados (sob a forma liofilizada ou reconstituídos para administração) apresentaram, além de baixa estabilidade ao calor, pouca homogeneidade com relação a este parâmetro.

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Publicado

1990-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Rizzo, E. de, Pereira, C. A. de B., Fang, F. L. W., Takata, C. S., Tenório, E. C. N., Pral, M. M., Mendes, I. F., & Gallina, N. M. F. (1990). Fotossensibilidade e termoestabilidade de vacinas contra o sarampo (cepa Biken CAM-70) liofilizadas e/ou reconstituídas para administração . Revista De Saúde Pública, 24(1), 51-59. https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000100009