Aspectos sócio-econômicos dos indivíduos com malária importada na região metropolitana de São Paulo, Brasil: I - Caracterização da população e conhecimento sobre a doença

Autores

  • Maria José Chinelatto Pinheiro Alves Superintendência de Controle de Endemias
  • Luiz Carlos Barradas Barata Superintendência de Controle de Endemias
  • Rita de Cássia Barradas Barata Santa Casa de São Paulo; Faculdade de Ciências Médicas
  • Maria do Carmo R. Rodrigues de Almeida Superintendência de Controle de Endemias
  • Eliana B. Gutierrez Superintendência de Controle de Endemias
  • Dalva Marli Valério Wanderley Superintendência de Controle de Endemias
  • José Carlos Rehder de Andrade Superintendência de Controle de Endemias

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000400001

Palavras-chave:

Malária^i1^sepidemiolo, Fatores sócio-econômicos, Conhecimentos^i1^satitudes e prát

Resumo

Com o objetivo de conhecer o perfil sócio-econômico dos indivíduos que se deslocaram das áreas endêmicas de malária do país, foram estudadas 566 pessoas com suspeita de malária que procuraram a confirmação diagnostica no Laboratório de Malária da Região Metropolitana de São Paulo da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN). As informações foram obtidas através da aplicação de formulário, no período de novembro de 1986 a junho de 1987. Da população estudada, 345 (61,0%) residiam na área endêmica, 479 (84,6%) eram do sexo masculino, 513 (90,7%) estavam na faixa etária de 15 a 55 anos e 307 (54,2%) apresentaram hemoscopia positiva para plasmódio. Com relação à ocupação na área de transmissão, observou-se que 109 (19,3%) estavam ligados a atividade de extração de minerais, 74 (13,2%) à agricultura e 46 (8,1%) à atividade de transporte. A análise da escolaridade mostrou que 486 (85,9%) tinham 1° ou 2° grau. Quanto ao conhecimento sobre a doença, 384 (67,8%) declararam pelo menos 1 malária anterior e 491 (86,8%) associavam à doença a presença do vetor. Dentre os 221 indivíduos residentes em São Paulo, 207 (93,7%) conheciam o risco de contrair malária por ocasião do deslocamento para área de transmissão. Daqueles residentes na área endêmica, 336 (97,4%) tinham conhecimento do risco de contrair a doença naquela região. O intervalo transcorrido entre os primeiros sintomas e a procura de atendimento médico em 386 (68,2%) indivíduos variou de 0 a 3 dias. As freqüências das variáveis estudadas mostraram de acordo com o resultado hemoscópico e o local da residência, diferenças estatísticas relevantes.

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Publicado

1990-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Alves, M. J. C. P., Barata, L. C. B., Barata, R. de C. B., Almeida, M. do C. R. R. de, Gutierrez, E. B., Wanderley, D. M. V., & Andrade, J. C. R. de. (1990). Aspectos sócio-econômicos dos indivíduos com malária importada na região metropolitana de São Paulo, Brasil: I - Caracterização da população e conhecimento sobre a doença . Revista De Saúde Pública, 24(4), 253-258. https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000400001