Sorologia positiva para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas em gestantes de primeira consulta em centros de saúde de área metropolitana, Brasil

Autores

  • Adelaide José Vaz Instituto Adolfo Lutz; Divisão de Biologia Médica; Laboratório de Imunodiagnóstico
  • Elvira Maria Guerra Instituto Adolfo Lutz; Divisão de Patologia; Seção de Hematologia
  • Luzia Cristina Contim Ferratto Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Leiliana Aparecida Stoppa de Toledo Instituto Adolfo Lutz; Divisão de Biologia Médica; Laboratório de Imunodiagnóstico
  • Raymundo Soares de Azevedo Neto Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Patologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000500004

Palavras-chave:

Sífilis^i1^sepidemiolo, Toxoplasmose^i1^sepidemiolo, Tripanossomose Sul-Americana^i1^sepidemiolo, Sorodiagnóstico

Resumo

Alguns testes sorológicos têm sido utilizados para detectar, indiretamente, a presença de possíveis agentes etiológicos infecciosos durante a gestação, que sendo transmitidos ao feto, por via placentária, causam infecções congênitas com seqüelas leves ou graves e até morte fetal. Foram estudadas 481 gestantes, com idade média de 24,5 anos (de 14 a 46 anos), atendidas em primeira consulta nos Centros de Saúde, na Cidade de São Paulo, SP (Brasil) no período de abril a outubro de 1988. Segundo o trimestre gestacional, 230 pacientes (47,8%) estavam no primeiro trimestre; 203 (42,2%) no 2º e 48 (10,0%) no 3º. Das 474 pacientes que declararam algum tipo de renda mensal, 309 (65,2%) pertenciam a familias com renda até 1 SMPC (salário mínimo per capita) e somente 15 (3,2%) pertenciam a famílias com renda superior a 3 SMPC, caracterizando o baixo nível econômico das gestantes. Das 481 pacientes 159 (33,1%) eram nascidas no Estado de São Paulo e as 322 (66,9%) restantes eram imigrantes procedentes de outros Estados, destacando-se Bahia (23,1%); Minas Gerais (11,4%); Paraná (7,5%); Paraíba (5,4%) e Pernambuco(5,4%). Foram realizados testes imunodiagnósticos para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas. Foram observados resultados positivos para sífilis em 25 gestantes (5,2%). Para toxoplasmose, 157 (32,4%) não tinham anticorpos em nível detectável e 67 (13,9%) apresentaram títulos elevados, indicativos de infecção ativa, das quais em 6 (10,3%) foram detectados anticorpos da classe IgM. Para doença de Chagas foram encontrados anticorpos específicos em 14 (2,9%) gestantes, sendo que destas, 10 (71,4%) eram procedentes da Bahia e Minas Gerais.

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Publicado

1990-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Vaz, A. J., Guerra, E. M., Ferratto, L. C. C., Toledo, L. A. S. de, & Azevedo Neto, R. S. de. (1990). Sorologia positiva para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas em gestantes de primeira consulta em centros de saúde de área metropolitana, Brasil . Revista De Saúde Pública, 24(5), 373-379. https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000500004