Leishmaniose tegumentar americana: flebotomíneos de área de transmissão no Norte do Paraná, Brasil

Autores

  • Ueslei Teodoro Fundação Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Vicente La Salvia Filho Fundação Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Edson Maurício de Lima Fundação Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Norico Miyagui Misuta Secretaria de Saúde de Estado; 15a Regional de Saúde
  • Thais Gomes Verginassi Fundação Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira Fundação Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Geografia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101991000200007

Palavras-chave:

Psychodidae, Leishmaniose mucocutânea^i1^sepidemiolo, Ecologia de vetores

Resumo

Dos casos de leishmaniose tegumentar diagnosticados no Laboratório de Ensino e Pesquisa de Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá-PR (Brasil), a maioria está relacionada a áreas, no Norte do Paraná, que vem sendo ocupadas desde a década de 1940, quando se iniciou extenso desmatamento naquela Região. A vegetação nativa, já em grande parte destruída, é constituída por mata densa do tipo tropical de transição para subtropical. A paisagem no seu conjunto é de planalto, com clima tropical de transição para subtropical, temperaturas médias anuais entre 20°C e 22°C e média do mês mais quente superior a 22°C. Das florestas nativas restam poucas e esparsas manchas de vegetação, geralmente modificadas, ao longo das bacias dos rios Ivaí, Paranapanema e Paraná, e seus afluentes. Neste ambiente foram feitas 24 capturas de flebotomíneos, 2 por mês, de outubro de 1986 a setembro de 1987, das 18 horas à l hora do dia seguinte. As capturas, com armadilhas de Shannon, foram realizadas às margens de mata modificada, tendo sido classificados 16.496 flebotomíneos, pertencentes na sua quase totalidade a 13 espécies. Observou-se prevalência de Lutzomyia whitmani com 11.188 (67,82%) exemplares, seguido por Lutzomyia intermedia com 2.900 (17,58%) e Lutzomyia migonei com 1.491 (9,03%). Lutzomyia whitmani e Lutzomyia intermedia vêm mostrando grande capacidade de adaptação nos ambientes antrópicos, onde têm destacado papel na transmissão de leishmaniose.

Downloads

Publicado

1991-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Teodoro, U., La Salvia Filho, V., Lima, E. M. de, Misuta, N. M., Verginassi, T. G., & Ferreira, M. E. M. C. (1991). Leishmaniose tegumentar americana: flebotomíneos de área de transmissão no Norte do Paraná, Brasil . Revista De Saúde Pública, 25(2), 129-133. https://doi.org/10.1590/S0034-89101991000200007