Observações sobre o comportamento de flebotomíneos em ecótopos florestais e extraflorestais, em área endêmica de leishmaniose tegumentar americana, no norte do Estado do Paraná, sul do Brasil

Autores

  • Ueslei Teodoro Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Vicente La Salvia Filho Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Edson Maurício de Lima Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas
  • Roberto Palma Spinosa Fundação Nacional de Saúde
  • Orlando Carlos Barbosa Fundação Nacional de Saúde
  • Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Geografia
  • Maria Valdrinez Campana Lonardoni Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Análises Clínicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101993000400003

Palavras-chave:

Psychodidae, Ecologia de vetores, Leishmaniose mucocutânea^i1^stransmis

Resumo

De novembro de 1988 a abril de 1990 capturaram-se 75.637 flebotomíneos, com armadilhas luminosas de Falcão, na fazenda Palmital, Norte do Estado do Paraná, Brasil, resultando quinze espécies. Dos insetos capturados, 95,8% o foram nos ambientes domiciliar e peridomiciliar e os restantes 4,2%, no ambiente florestal. Da totalidade de flebotomíneos, 82,0% foram capturados numa armadilha instalada dentro de um abrigo de galinhas. Dos flebotomíneos capturados em todas as armadilhas, 93,8% eram representados pelas espécies Lutzomyia migonei, Lutzomyia whitmani, Lutzomyia pessoai, Lutzomyia fischeri e Lutzomyia intermedia, todas de relevância na epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana. L. migonei prevaleceu numa única armadilha do peridomicílio e nas demais prevaleceu L. whitmani. As densidades mensais desses insetos, obtidas usando-se somente os resultados da armadilha instalada dentro do galinheiro, foram elevadas principalmente nos meses mais quentes e úmidos. No ambiente florestal predominou a acrodendrofilia dos flebotomíneos, pois 87,9% deles foram capturados nas armadilhas instaladas a aproximadamente 10 m do solo, havendo predomínio de L. whitmani, L. fischeri, L. migonei, L. intermedia, Brumptomyia brumpti, L. monticola e L. pessoai. A carência de informações sobre a epidemiologia da leishmaniose no Estado do Paraná indica que são necessários estudos que venham esclarecer quais são as implicações das relações flebotomíneos/animais domésticos na cadeia de transmissão de Leishmania no domicílio e peridomicílio.

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Publicado

1993-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Teodoro, U., La Salvia Filho, V., Lima, E. M. de, Spinosa, R. P., Barbosa, O. C., Ferreira, M. E. M. C., & Lonardoni, M. V. C. (1993). Observações sobre o comportamento de flebotomíneos em ecótopos florestais e extraflorestais, em área endêmica de leishmaniose tegumentar americana, no norte do Estado do Paraná, sul do Brasil . Revista De Saúde Pública, 27(4), 242-249. https://doi.org/10.1590/S0034-89101993000400003