Comportamentos de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo

Autores

  • Beatriz Carlini-Cotrim Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Cynthia Gazal-Carvalho Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Nélson Gouveia Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000600012

Palavras-chave:

Atitude frente à saúde, Comportamento do adolescente, Correr o risco, Saúde escolar, Comportamento sexual, Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, Consumo de bebidas alcoólicas, Motocicletas, Tentativa de suicídio, Violência, Abuso de maconha, Preservativos^i1^sutiliza

Resumo

OBJETIVO: Estudar a freqüência de vários comportamentos de saúde entre estudantes secundários de escolas estaduais e particulares da cidade de São Paulo, SP. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, com o sorteio de dez escolas estaduais e a seleção de sete particulares. Em cada escola, quatro salas de aula foram sorteadas, entre a sétima série do ensino fundamental e a terceira série do ensino médio. Para a coleta de dados, utilizou-se a versão do questionário de autopreenchimento utilizado pelo "Centers for Disease Control" para monitorar comportamentos de risco entre jovens. RESULTADOS: Uma proporção significativa de estudantes engajam-se em comportamentos de risco à saúde, principalmente na faixa de 15 a 18 anos de idade. Nas escolas públicas, os comportamentos mais freqüentes foram: andar de motocicleta sem capacete (70,4% dos estudantes que andaram de motocicleta); não utilização de preservativos na última relação sexual (34% dos sexualmente ativos); andar armado (4,8% dos respondentes no último ano) e tentar suicídio (8,6% nos últimos 12 meses). Nas escolas privadas, o uso de substâncias psicoativas foi o comportamento de risco mais proeminente: 25% relatou pelo menos um episódio de uso de álcool; 20,2% usou algum inalante no último ano; e 22,2% consumiu maconha no mesmo período. As estudantes do sexo feminino relataram menos comportamentos de risco, à exceção de tentativas de suicídio e de controle de peso por métodos não saudáveis. CONCLUSÕES: As informações obtidas podem contribuir para a estruturação de ações programáticas que considerem a distribuição de comportamentos de saúde na clientela-alvo.

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Publicado

2000-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carlini-Cotrim, B., Gazal-Carvalho, C., & Gouveia, N. (2000). Comportamentos de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo . Revista De Saúde Pública, 34(6), 636-645. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000600012