Estudo comparativo do diagnóstico da infecção do sítio cirúrgico durante e após a internação
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000700009Palavras-chave:
Infecção hospitalar^i1^sepidemiolo, Seguimentos, Assistência ambulatorial, Pacientes internados, Alta do paciente, Infecção de sítio cirúrgico, Controle pós-alta, Cirurgia do aparelho digestivoResumo
OBJETIVO: A infecção do sítio cirúrgico constitui um grave problema dentre as infecções hospitalares por sua incidência, morbidade e mortalidade. Devido ao curto período de internação, a maioria dessas infecções se manifesta após a alta hospitalar, sendo subnotificada quando não há o seguimento do paciente cirúrgico. Programas de vigilância específicos do paciente após a alta são considerados fundamentais para controlar as infecções. O objetivo do estudo foi determinar a incidência de infecção do sítio cirúrgico e comparar sua freqüência durante a internação e após a alta. MÉTODOS: Realizou-se um estudo epidemiológico, tipo coorte, em um hospital universitário, com acompanhamento durante o período de internação e no seguimento pós-alta hospitalar, de 504 pacientes que se submeteram à cirurgia do aparelho digestivo no primeiro semestre de 2000. RESULTADOS: Das 504 cirurgias realizadas no período do estudo, 398 (79,0%) dos pacientes retornaram ao ambulatório de egressos. Do total de infecções do sítio cirúrgico diagnosticadas, a maioria (62,9%) foi notificada no ambulatório de egressos, sendo 88,0% superficiais, e 67,0% notificadas até o sétimo dia após a alta. CONCLUSÕES: Comprovou-se a importância do seguimento pós-alta para a obtenção de dados fidedignos sobre as infecções do sítio cirúrgico devido à manifestação tardia na maioria dos casos, levando a subnotificação quando o seguimento do paciente é realizado somente durante a internação.Downloads
Publicado
2002-12-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Oliveira, A. C., Martins, M. A., Martinho, G. H., Clemente, W. T., & Lacerda, R. A. (2002). Estudo comparativo do diagnóstico da infecção do sítio cirúrgico durante e após a internação . Revista De Saúde Pública, 36(6), 717-722. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000700009