Working hours, work-life conflict and health in precarious and "permanent" employment

Autores

  • Philip Bohle University of New South Wales; School of Organisational and Management
  • Michael Quinlan University of New South Wales; School of Organisational and Management
  • David Kennedy University of New South Wales; School of Organisational and Management
  • Ann Williamson University of New South Wales; NSW Injury Risk Management Research Centre

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000700004

Palavras-chave:

Emprego, Jornada de trabalho, Trabalho em turnos, Condições de trabalho, Saúde ocupacional, Trabalhadores, Família, Conflito^i2^spsicolo

Resumo

OBJETIVOS: O crescimento do número de empregos precários em países da OECD está largamente associado a efeitos negativos à saúde e segurança. Embora muitos trabalhadores em turnos tenham empregos precários, as pesquisas sobre o trabalho em turnos concentram-se em trabalhadores em tempo integral com emprego contínuo. Assim, este estudo visou a investigar o impacto do emprego precário sobre as horas de trabalho, conflito trabalho-vida pessoal e saúde, comparando empregados sem vínculo empregatício com empregados "permanentes" em tempo integral em ocupações e locais de trabalho idênticos. MÉTODOS: Foram realizadas 39 entrevistas convergentes em dois hotéis cinco estrelas. Participaram 26 empregados em tempo integral e 13 sem vínculo empregatício (temporários), com idades entre 19 e 61 anos, sendo 17 do sexo feminino e 22 do sexo masculino. As horas de trabalho variaram de 0 a 73 horas semanais. RESULTADOS: Verificaram-se diferenças acentuadas entre os informes de empregados em tempo integral e os sem vínculo empregatício sobre as horas de trabalho, conflito trabalho-vida pessoal e saúde. Os empregados sem vínculo empregatício tenderam a trabalhar um número de horas bastante irregular sobre as quais tinham pouco controle. Suas jornadas de trabalho diárias e semanais eram muito longas ou muito curtas de acordo com as exigências organizacionais. Longas jornadas de trabalho, combinadas a baixa previsibilidade e pouco controle, produziram maior desagregação da vida familiar e social e um pior equilíbrio entre trabalho-vida pessoal para os empregados sem vínculo empregatício. A falta de coordenação das jornadas em vários empregos contribuíram para acentuar estes problemas em alguns casos. Entre os problemas de saúde decorrentes do conflito trabalho-vida pessoal estavam distúrbios do sono, cansaço e regimes alimentar e de exercícios desestruturados. CONCLUSÕES: O estudo identificou grandes desvantagens do emprego sem vínculo empregatício. Trabalhando nos mesmos hotéis e ocupando praticamente as mesmas funções, os empregados sem vínculo empregatício tiveram horários de trabalho mais longos ao desejado e menos previsíveis, maior conflito trabalho-vida pessoal e mais queixas relativas à saúde que os empregados "permanentes".

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Publicado

2004-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Bohle, P., Quinlan, M., Kennedy, D., & Williamson, A. (2004). Working hours, work-life conflict and health in precarious and "permanent" employment . Revista De Saúde Pública, 38(supl.), 19-25. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000700004