Suspeita de toxoplasmose aguda em gestantes

Autores

  • Marcela Peres Castilho-Pelloso Universidade Estadual de Maringá
  • Dina Lúcia Morais Falavigna Universidade Estadual de Maringá
  • Ana Lúcia Falavigna-Guilherme Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000100005

Palavras-chave:

Gestantes, Toxoplasmose^i2^sepidemiolo, Toxoplasmose congênita^i2^sprevenção e contr, Toxoplasmose congênita, diagnóstico, Cuidado pré-natal, Estudos soroepidemiológicos, Serviços de vigilância epidemiológica

Resumo

OBJETIVO: Determinar a prevalência de gestantes com sorologia reagente suspeita de toxoplasmose aguda e descrever as variáveis maternas e do concepto relacionadas ao perfil clínico, laboratorial e terapêutico. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com gestantes IgM anti-Toxoplasma gondii reagentes e conceptos atendidos em serviço público de saúde do Paraná, de janeiro/2001-dezembro/2003. Foram obtidas informações a partir de dados dos registros clínicos, laboratoriais (ELISA IgM/IgG), ultrassonográficos e de entrevista materna. Para testar a homogeneidade dos indices de IgM em relação ao tratamento usado, aplicou-se o qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Ocorreram 290 casos (1,0%) IgM reagentes, evidenciando prevalência de 10,7 gestantes com sorologia reagente a cada 1.000 nascimentos. Duzentos e quatorze de 290 gestantes iniciaram o pré-natal até a 12ª semana de gestação; 146/204 foram assintomáticas; cefaléia, distúrbios visuais e mialgia foram queixas freqüentes; 13/204 gestantes apresentaram anormalidades ao ultrassom; 112/227 gestantes receberam quimioprofilaxia; um único teste ELISA apoiou a maioria das tomadas de decisão para a quimioprofilaxia. Houve tendência em tratar gestantes com índices de IgM=2.000. Dentre as crianças expostas, 44/208 tiveram algum acompanhamento sorológico, das quais todas foram IgG reagentes e três casos IgM reagentes apresentaram manifestações clínicas. CONCLUSÕES: A existência de gestantes com suspeita laboratorial de toxoplasmose aguda não devidamente investigada e de conceptos sem monitoração adequada evidenciam que aspectos fundamentais da assistência pré-natal não estão sendo sistematicamente observados. Aponta-se a necessidade de implementar o sistema de vigilância para gestantes e crianças expostas ao T. gondii.

Downloads

Publicado

2007-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Castilho-Pelloso, M. P., Falavigna, D. L. M., & Falavigna-Guilherme, A. L. (2007). Suspeita de toxoplasmose aguda em gestantes . Revista De Saúde Pública, 41(1), 27-34. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000100005