Competência de peixes como predadores de larvas de Aedes aegypti, em condições de laboratório

Autores

  • Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti Universidade Federal do Ceará; Departamento de Saúde Comunitária
  • Ricardo José Soares Pontes Universidade Federal do Ceará; Departamento de Saúde Comunitária
  • Ana Cláudia Ferreira Regazzi Fundação Nacional de Saúde
  • Francisco José de Paula Júnior Universidade Estadual do Ceará
  • Rodrigo Lins Frutuoso Universidade Estadual do Ceará
  • Emanuel Primos Sousa Universidade Estadual do Ceará
  • Fábio Fernandes Dantas Filho UFCE
  • José Wellington de Oliveira Lima UECE; Departamento de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000041

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Larva, Peixes, Controle de mosquitos, Controle biológico de vetores, Experiências laboratoriais, Betta splendens, Trichogaster sp., Poecilia sp., Astyanax sp

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a competência de peixes na predação de larvas de Aedes aegypti, em condições de laboratório. MÉTODOS: Foram testados machos e fêmeas de cinco espécies de peixe. Os testes de predação duravam cinco semanas para cada espécie. Cada ensaio compreendia quatro caixas testes e quatro caixas controles. Das caixas controle, duas tinham somente um peixe e as outras duas, apenas larvas. Cada caixa teste continha um peixe e larvas. Na primeira semana foram expostas 100 larvas em cada caixa, e a cada semana acrescentavam-se 100 larvas por caixa/dia, até se obter um máximo de 500 larvas/dia. Comprimento e peso dos peixes foram medidos semanalmente. RESULTADOS: Foram utilizadas 369.000 larvas no total. O Trichogaster trichopteros foi a única espécie em que ambos os sexos predaram 100% das larvas oferecidas. O Betta splendens deixou de predar apenas 15 larvas. Machos do Poecilia reticulata apresentaram baixa capacidade larvófaga quando comparados às fêmeas da mesma espécie. Em relação ao peso e tamanho o Betta splendens mostrou-se capaz de predar 523 larvas/grama/dia. CONCLUSÕES: Fêmeas e machos de Trichogaster trichopteros e de Astyanax fasciatus, e fêmeas de Betta splendens e de Poecillia sphenops foram os peixes que apresentaram maior competência para predar as larvas. Embora com competência menor, machos de Poecillia sphenops e fêmeas de Poecilia reticulata foram capazes de eliminar o número de larvas de Aedes aegypti que possam emergir durante 24 horas num criadouro, em condições naturais. Machos de Poecilia reticulata não foram predadores eficazes.

Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Cavalcanti, L. P. de G., Pontes, R. J. S., Regazzi, A. C. F., Paula Júnior, F. J. de, Frutuoso, R. L., Sousa, E. P., Dantas Filho, F. F., & Lima, J. W. de O. (2007). Competência de peixes como predadores de larvas de Aedes aegypti, em condições de laboratório . Revista De Saúde Pública, 41(4), 638-644. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000041