Hepatites B e C em usuários de drogas injetáveis vivendo com HIV em São Paulo, Brasil

Autores

  • Angela Mattos Marchesini Secretaria Municipal de Saúde; Centro de Referência de DST/AIDS Nossa Senhora do Ó
  • Zilá Prestes Prá-Baldi Secretaria Municipal de Saúde; Centro de Referência de DST/AIDS Nossa Senhora do Ó
  • Fábio Mesquita Secretaria Municipal de Saúde
  • Regina Bueno Secretaria Municipal de Saúde
  • Cássia Maria Buchalla Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000900010

Palavras-chave:

Hepatite C^i1^sepidemiolo, Hepatite C^i1^sprevenção e contr, Hepatite B^i1^sepidemiolo, Hepatite B^i1^sprevenção e contr, nfecções por HIV^i1^sepidemiolo, Abuso de substâncias por via intravenosa, Estudos transversais

Resumo

OBJETIVO: Descrever o perfil de usuários de drogas injetáveis vivendo com HIV/Aids e estimar a prevalência de hepatites B e C nesse grupo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 205 pessoas vivendo com HIV/Aids, usuários de drogas injetáveis em acompanhamento em três unidades de atendimento da rede pública do Município de São Paulo, em 2003. Foi selecionada amostra não-probabilística, obtida de forma consecutiva e voluntária, nos dias em que compareciam para consulta nas unidades de atendimento. Por meio de entrevistas, foram levantados dados pessoais e informações sobre comportamento sexual, uso de drogas e conhecimento de hepatites. Foram realizados testes para detecção da infecção pelos vírus das hepatites B e C. RESULTADOS: Dos entrevistados, 81% eram homens e 19% mulheres, com idade média de 39 anos (dp=6,1) e seis anos de educação formal (dp=2,0). Não havia diferença em relação ao estado marital entre os sexos, 48% eram solteiros, 42% casados e 8% divorciados. A idade média do primeiro uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas foi 13, 15 e 18 anos, respectivamente. Prevalências de hepatites B e C foram, respectivamente, de 55% (IC 95%: 49;63) e 83% (IC 95%: 78;88). Antes de usar droga injetável pela primeira vez, 80% dos respondentes não tinham ouvido falar de hepatites B e C. CONCLUSÕES: A alta prevalência de hepatites B e C e o baixo nível de conhecimento sobre a doença justificam a inclusão de esclarecimentos sobre as infecções hepáticas e de vacinação contra hepatite B nas estratégias de redução de danos pelo HIV.

Publicado

2007-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Marchesini, A. M., Prá-Baldi, Z. P., Mesquita, F., Bueno, R., & Buchalla, C. M. (2007). Hepatites B e C em usuários de drogas injetáveis vivendo com HIV em São Paulo, Brasil . Revista De Saúde Pública, 41(suppl.2), 57-63. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000900010