Sinais e sintomas associados às doenças sexualmente transmissíveis no Brasil, 2005

Autores/as

  • Francisco I Bastos Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Cynthia B Cunha Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde
  • Mariana A Hacker Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde; Laboratório de Informações em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000800012

Palabras clave:

Doenças Sexualmente Transmissíveis^i1^sepidemiolo, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida^i1^sepidemiolo, Inquéritos de Morbidade, Saúde Sexual e Reprodutiva, Brasil, Estudos transversais, Estudos Populacionais em Saúde Pública

Resumen

OBJETIVO: As doenças sexualmente transmissíveis (DST) constituem um dos principais determinantes da carga de doença das populações em todo o mundo. O objetivo do estudo foi avaliar a morbidade auto-referida associada à ocorrência de DST, segundo gênero. MÉTODOS: Os dados analisados referem-se à pesquisa realizada em 2005 e foram obtidos a partir de amostra probabilística em múltiplos estágios de 5.040 entrevistados, com 16-65 anos de idade, moradores nas regiões urbanas do Brasil. Esses dados foram cotejados com aqueles de pesquisa anterior, de 1998. Realizaram-se análises bivariadas, utilizando teste qui-quadrado de Pearson e regressão linear simples, seguidas por regressão logística. RESULTADOS: Tanto para homens quanto para mulheres as variáveis: testagem anterior para o HIV, crença pessoal de que pode haver amor sem fidelidade e número de pessoas com quem teve relações sexuais na vida mostraram-se significativamente associadas ao desfecho. Porém, somente entre as mulheres as covariáveis a seguir se mostraram independentemente associadas ao desfecho: renda familiar baixa, residência na Região Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e relato de violência física. Para os homens, as variáveis independentemente associadas foram: faixa etária (35 anos ou mais), residência na Região Sul e Estado de São Paulo, e auto-avaliação de risco de se infectar com o HIV. CONCLUSÕES: Sinais e sintomas associados às DST apresentam forte diferencial de gênero na população geral, devendo ser objeto de intervenções educativas claramente distintas.

Publicado

2008-06-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Bastos, F. I., Cunha, C. B., & Hacker, M. A. (2008). Sinais e sintomas associados às doenças sexualmente transmissíveis no Brasil, 2005 . Revista De Saúde Pública, 42(suppl.1), 98-108. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000800012